
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Balanço de 2006

quarta-feira, dezembro 13, 2006
Você é normal?

domingo, dezembro 10, 2006
Cláusula de barreira e sua inconstitucionalidade

Em decisão unânime, o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a controversa "cláusula de barreira" ou eufemisticamente falando, "cláusula de desempenho", (caso você que está lendo este post queira maiores detalhes sobre o que é esta cláusula, sugiro uma visita ao blog do Dorian, que lá ele explica os pontos básicos do instituto).
O STF sempre foi muito criticado nos meios jurídicos e acadêmicos, em razão de alguns julgamentos serem decididos por questões políticas, deixando de lado a análise jurídica, entretanto, em relação ao julgamento da cláusula de barreira, as críticas estão invertidas, pois alguns "especialistas" têm, equivocadamente, alegado que o Tribunal deveria ter realizado um julgamento político e não jurídico.
Os deputados dos partidos maiores ao se unirem para aprovar esta lei, claramente inconstitucional, pretendiam consolidar a posição hegemônica destes partidos maiores, calando as vozes dissonantes da minoria, ou seja, este "muro" que pretendia impedir o pleno funcionamento de partidos menores não passa de uma tentativa de elitizar o Congresso Nacional. Talvez os idealizadores desta, imaginem que o Parlamento deva ser dividido em classes, assim como a sociedade. Para justificar a aprovação desta norma, membros dos grandes partidos passaram a disseminar, por todos os cantos, que a culpa da totalidade dos males políticos da nação recai sobre os chamados partidos nanicos, passando a identificar a expressão "partido pequeno" a "partido de aluguel". Entretanto, está provado que uma coisa nada tem a ver com a outra, afinal o PP alcançou o desempenho necessário, e como todos sabem faz parte da "bancada mensaleira". Outro belo exemplo, atende pelo nome de PMDB - o maior partido do Brasil - este sempre fez parte da base de apoio do governo FHC, e agora "loca" seus préstimos ao governo Lula, ou seja, mesmo os partidos grandes, podem ser enquadrados como partidos de aluguel.
Um Estado que se auto-qualifica como "democrático de Direito" não pode se utilizar de leis infra-constitucionais para desrespeitar direitos das minorias, como o de existir ou de se manifestar nas discussões sobre os destinos da sociedade, por exemplo. Ressaltando que democracia não se restringe a um mero governo da maioria, é bem mais que isso. A verdadeira democracia não deve se converter numa tirania da pretensa maioria contra a minoria. Isto significa que não existe nada de democrático em deixar que os partidos que representem as minorias sociais morram por inanição, pois a cláusula de barreira apesar de não matar os pequenos partidos, os condena ao desaparecimento.
Vale lembrar que a Constituição da República possibilita que a minoria de hoje tenha condições de vir a se tornar a maioria de amanhã, por esta razão, não se admite que uma lei ordinária venha e altere este quadro. Por tudo isto, o julgamento do Supremo foi corretíssimo.
Por fim, resta salientar que a decisão do STF foi uma das mais sensatas dos últimos anos, agora para confirmar que vivemos novos tempos neste órgão, só falta uma decisão favorável a interrupção de gestações de fetos anencéfalos.
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Constantino se converteu ao cristianismo? Ora, caia na real!

A explicação oficial para esta, suposta, conversão é que na noite anterior à uma das inúmeras batalhas empreendidas pelo exército dirigido por Constantino, este teria sonhado com uma cruz, na qual havia a seguinte inscrição:
"Sob este símbolo vencerás!"
Na manhã seguinte, ele ordenou que fosse pintada uma cruz em todos os escudos da soldadesca e a batalha resultou numa esmagadora vitória do seu exército. A partir daquele momento, Constantino, passou a se confessar cristão. Sendo esta a razão, inclusive, para a cruz ter se tornado o símbolo do cristianismo.
Entretanto, a despeito deste relato, não me convenço que houve uma conversão sincera. Me parece que Constantino enxergou no cristianismo um meio de consolidar seu poder, já que após a vitória na citada batalha, ele se convertera no único soberano do lado ocidental do Império e os cristãos formavam o único grupo que não o via como seu Senhor Supremo.
Sem esquecer que grande parte dos cristãos daquela época, preferiam a morte, a ter de participar de rituais não-cristãos, muitos pagando com a própria vida por tamanha "desfaçatez". Esses "mártires", como ficaram conhecidos, morriam por amor à sua causa, o que certamente deixava os integrantes do alto comando romano, bem como o próprio Constantino, perplexos diante de tamanho nível de entrega.
Vale ressaltar ainda que um antigo historiador chamado Políbios, certa vez, ao analisar as crenças gregas e romanas, ao final concluiu que os romanos tendiam a praticar menos iniquidades que os gregos, pois acreditavam na existência do inferno.
Diante destes fatos, Constantino como grande estrategista, provavelmente, entendeu que uma vez controlando esta religião, teria sob suas ordens um excelente contingente humano. Isto é, o Cristianismo, lhe seria muito útil, ainda que sinceramente não acreditasse nele.
Enfim, a "conversão" de Constantino, provavelmente não ocorreu - lembrando que seu batismo se deu apenas em seu leito de morte - ele apenas enxergou na crescente religião um instrumento para unir um Império que já dava sinais de desgaste.
segunda-feira, dezembro 04, 2006
O que fazer com a Xuxa?

É inegável que há algum tempo atrás, Xuxa viveu momentos gloriosos, entretanto, atualmente parece estar presa a este passado. O atual programa apresentado por ela não passa de uma mera cópia, do antigo "Xou da Xuxa" dos anos 80/90 e como toda cópia, é inferior ao original. Já ficou claro que a criançada está saturada da personagem "Xuxa" e não a suporta mais. Talvez o maior erro dela, foi ter voltado a apresentar um programa infantil, quando seu outro programa, em tese adolescente, merecidamente, naufragou. Ela deveria ter tido a capacidade de interpretar isso como o último suspiro de sua personagem e se retirado com dignidade.
Certamente, a diretoria global, também sente como se refém fosse deste passado, pois mesmo sabendo que ela não tem nada mais a oferecer nesta área, não têm força moral para tirá-la da grade de programação, além de não se arriscarem a produzir um programa diferente, pois sabem que o resultado seria constrangedor.
Apesar disso tudo que foi dito aqui, ela aparenta não aceitar esta realidade, talvez por padecer da "Síndrome de Peter Pan"! Enfim, como se costuma dizer: Envelhecer é inevitável, amadurecer é opcional! Ao que me parece, Xuxa envelheceu, mas optou por não amadurecer.
quarta-feira, novembro 29, 2006
Se Deus não existe no que está fundada a Moral?
- Por que você fez aquilo na perna do cara? Você não deveria ter feito isso, Marcão! Afirma o gato.
- Não deveria por quê? Pergunta Marcão, em tom desafiador.
- Isso é imoral! Você viu como ficou a perna dele. Pensa na dor que ele deve ter sentido. Pode ter certeza que a Moral Divina reprova, violentamente, este seu ato!
- Eu simplesmente agi conforme manda minha natureza, Gatuno. Além disso, eu tenho a minha própria Moral, até porque, para existir uma "Moral Divina" é preciso haver um "Deus". Responde Marcão, com uma ponta de ironia.
- Marcão, a moral só tem razão de existir se Deus existir. Como afirma Dostoiévski, falando pela boca de seu personagem, Ivan Karamazov: "Se Deus não existe, então tudo é permitido."
- Gatuno, você está misturando Moral com Religião. Se é assim, então como você explica o fato de alguns ateus se submeterem a princípios morais, tão rígidos quanto muitos teístas?
- Essas pessoas, obviamente, são influenciadas pelos adeptos da Moral Divina. Até porque, Marcão, assim como leis jurídicas precisam de um legislador que as crie, a Moral requer igualmente, uma fonte última de moralidade. Isto é, os valores morais, para terem autoridade, devem possuir uma origem exterior aos indivíduos cujo comportamento, pretende regular.
- Você, está confundindo as coisas - responde Marcão - os valores morais são internos e bem mais profundos que o teísmo jamais sonhou alcançar. Já Deus, é uma questão separada e externa, em momento algum eles se entrecruzam.
- Marcão, não tente enganar a si próprio. Lembre-se que você tem o conhecimento, portanto, quando chegar perante Ele - neste momento, Gatuno aponta para o céu - ninguém poderá alegar ignorância invencível em sua defesa.
- Não sabe o que dizer, Gatuno?
- Levar uma vida Moral somente se explica - complementa Gatuno - se efetivamente existir um Deus e uma vida após a morte. Isto é, somente se houver um Deus apto a julgar os atos praticados na Terra é que poderemos ter a certeza de que uma vida virtuosa poderá ser também proveitosa. Isso significa que se Deus não existir, como você apaixonadamente defende, quem se conduzir de modo errado não será punido, o bem não será recompensado. Diante disto, qual será o benefício de alguém levar uma vida correta, no sentido Moral da palavra, se no final teremos apenas o fim da consciência? O apóstolo Paulo demonstra com maestria que se não existe vida além do túmulo, correto estão os hedonistas. Outra coisa, qual seria a fonte dos preceitos morais, senão Deus? Deus é o início e o fim de tudo, Marcão, inclusive da Moral.
- Papo furado! Não existe Deus ou qualquer ente supernatural na base da moralidade. Os códigos morais são alcançados de modo consensual, graças à orientação das regras inatas e empíricas do próprio povo a que se destinam. A Moral pode ser explicada de modo biológico, é inata, a evolução dotou todos nós* da capacidade de distinguir, intuitivamente, o que é certo do que é errado. A Moral, na forma como a conhecemos, nos foi imposta por nossos genes, para nos obrigar a cooperar. Enfim, como eu disse, não existe fundamento externo para a Moral...
- Pelo que você diz, nós seríamos bons por natureza, entretanto, veja em Lucas que Jesus diz que nós somos maus, derrubando sua tese por completo. Entenda que a noção de certo e errado inerente à todos nós, não pode ser explicada de modo biológico e muito menos pela experiência.
- "Marcão, vem cá Marcãozinho". Era a dona da casa, interrompendo a conversa para recompensar o cachorro por sua bravura naquela madrugada.
* Marcão e Gatuno imaginam estar no mesmo nível dos seres humanos, por isso em momento algum se excluem deste debate Moral, entretanto, neste ponto ambos estão equivocados, pois as regras morais regulam tão-somente o comportamento humano.
quinta-feira, novembro 23, 2006
E agora Petraglia?
O atual time atleticano é o mais fraco desde 2004 quando tinha o melhor elenco do país, superior até ao Santos de Robinho. O goleiro do time, apesar de ter falhado no gol mexicano dentro da Arena, está entre os melhores do Brasil. Nas laterais, zaga e meio de campo armador, o time sofre muito. Jancarlos é fraco, embora bata na bola como poucos, o problema é que geralmente, sua permanência em campo está restrita a execução de jogadas de bola parada

Passar pelo Pachuca seria muito difícil, deste modo, ser eliminado com uma goleada, em se tratando de Atlético, é muito melhor que ficar no "quase". Contraditório? Explico.
Em 1995, o Furacão estava na segundona, sem quaisquer perspectivas de subir. Entretanto, a diretoria de então, gostava de alardear que o time era muito bom, (é desde aquela época já era assim!) veio um Atletiba (para quem é de fora, trata-se do clássico Atlético X Coritiba), e os verdes ganharam por 5 a 1, após esta goleada, veio a "revolução" comandada por Mario Celso Petraglia, que transformou o Furacão no que ele é hoje. Ou seja, na hipótese do Rubro Negro ser eliminado, empatando o segundo jogo, ou perdendo a vaga nos penaltys, a diretoria, faria como em 95, ou como no início deste, quando o Marketing, (porque nisso o Atlético tem tradição) plantou na cabeça dos torcedores que o elenco atleticano era excelente. No começo deste ano, os dirigentes, passaram a impressão de confiar tanto no time que pouco importava quem seria o técnico, pois o clube seria campeão de tudo que disputasse, então surgiu a idéia de trazer o alemão Mathaus, para atrair a mídia internacional. Agora estamos no fim de 2006 e a conclusão é que a diretoria errou, mais uma vez.
E agora Petraglia? Qual será a atitude? Teremos em 2007 uma cópia de 2006?
segunda-feira, novembro 20, 2006
Afinal, para que serve um blog*?

Ontem, eu estava em casa sem fazer nada de muito útil, para passar o tempo sintonizei numa das MTVs genéricas, não sei agora se era a MIX ou a PlayTV, mas este detalhe é desimportante (como disse um Oficial de Justiça para mim ontem) o que vale a pena dizer é que estava passando o clipe da nova música do Skank (muito bom o clipe, melhor ainda a música) "Uma canção é para isso", nela, retoricamente, o compositor revela para que serve uma canção, desde então eu fiquei com essa música na cabeça, chegando no trabalho fui dar uma olhada nos blogs parceiros, quando pensei comigo:
- Puxa, por que e prá (sic) que esse povo perde tanto tempo escrevendo num blog?
Alguns blogueiros, mesmo tendo outras atividades profissionais, acadêmicas ou ambas, decidem devotar tempo, pensando no que escrever, buscando notícias, escrevendo, tudo para manter seus blogs sempre atualizados, quando poderiam estar fazendo outras coisas, tão ou mais interessantes. Qual seria o objetivo de quem decide expor suas idéias à apreciação pública? Que esteja claro que aqui me refiro às pessoas cujo sustento, nada sai de seus blogs, ou seja, blogueiros como Edney, Alê Félix, Antonio Tabet, por exemplo, não entram nestas minhas especulações por razões óbvias.
Tentando responder a esta pergunta, em primeiro plano vale dizer que a Constituição Federal define o direito à intimidade como inviolável, antigamente, creio que a grande maioria da população brasileira e mundial até, buscava levar uma vida anônima, entretanto, hoje com Big Brother, Orkut, MySpace entre outros, todos querem chutar a Constituição para longe, buscando sempre algum tipo de notoriedade e a internet proporciona essa possibilidade.
Fama! A meu ver, este é um dos prováveis objetivos de quem cria um blog. Seja entre seus amigos mais próximos, seja em termos mais metropolitanos.
Outro possível objetivo é a carência afetiva. Certa vez conversando com uma amiga blogueira, ela falou que geralmente, quem tem blog é carente. Realmente, esta pode ser uma das explicações também, algumas pessoas podem sentir falta de alguém disposto a ouvi-las. Como dizia Aristóteles, o homem é um animal social, isto é, precisa interagir com os demais membros da sociedade, não importa como se dará este contato, se real ou virtual. E o blog permite tal interação de modo muito amplo. Perceba que o post inicial serve como um início de conversa, em seguida quem tiver interesse pode se valer dos comentários para continuar o papo. Além disso, é possível conhecer várias pessoas que passem pelo mesmo problema, o que ajuda a diminuir este sentimento.
Outra explicação possível é a vaidade. O sujeito vê em si próprio, tamanha importância que é necessário mostrar ao mundo sua rotina ou suas opiniões, pois na cabeça dele, todos precisam saber o que ele comeu no café da manhã, o que ele sonhou na noite passada, o que ele pensa sobre a última eleição presidencial, etc. Algo a ver com narcisismo, sabe?
Agora, pessoalmente falando, a minha motivação não se encontra em nenhuma destas cogitações. Eu tenho um blog pelo mesmo motivo que a Clarice - clique aqui para saber qual.
* A foto não tem nada a ver com o tema deste post, na verdade eu só a coloquei porque quando procurava uma foto para iniciar o texto, uma das que o Google encontrou foi ela, e como na infância eu era fã do desenho, aí está a foto.
sábado, novembro 18, 2006
Divagações na terceira pessoa - II

Ele estava questionando sobre a decisão de se casar. Notou, que na realidade ele não sentia saudades de Cíntia quando não estavam juntos, aquele momento por exemplo, sua esposa não fazia a menor falta, o detalhe é que sempre foi assim. Desde o namoro, Sérgio, sentia-se até melhor quando ela estava longe, porém, agora já era tarde o casamento estava consumado e não havia outra opção, exceto tentar uma reconciliação, muito embora isto lhe parecesse impossível, pelo menos pelos próximos dias.
Cíntia, chegou em casa espumando de raiva, passou o dia todo tentando falar com Sérgio, só que ele, por algum motivo, não estava no trabalho e não atendia ao celular. Não era a primeira vez que isso acontecia, e coerentemente, em todas as outras ela ficou furiosa. Exatamente por isso, ela estava mais nervosa, pois se ele já sabia qual seria a reação dela, por que ficar provocando? Pensava. Na cabeça dela, o motivo era um só.
Cíntia entrou em casa mais ou menos 7 da noite, Sérgio ainda não chegara, tomou um banho enquanto o aguardava. Quando ele colocou a chave na porta, ainda do lado de fora, Cíntia gritou:
- Onde você estava?
A raiva que aquela moça sentia, deixava-a incontrolável, não importava o que ele dizia, nada chegava perto de seu ouvido, quanto mais entrar, mesmo que fosse para, imediatamente, sair pelo outro. Ela dizia que ralava o dia inteiro, enquanto ele simplesmente saía do trabalho para passar o dia inteiro fora, e ainda por cima, sem atender o celular. Sérgio, no início tentou esclarecer alguma coisa, mas logo desistiu quando notou que mais uma vez, qualquer palavra dita por ele seria "solenemente" ignorada. Saiu da sala, foi para o quarto, Cíntia veio atrás, dizendo saber exatamente onde ele estava, que se ele pensava que podia enganá-la, estava muito errado, que iria contar para a mãe dela, para a mãe dele, para os amigos dela, para os amigos dele, enfim, todos iriam saber o que ele estava "aprontando".
Ao ouvir esse final, Sérgio se voltou contra ela, impressando-a contra a parede, naquele momento, pela primeira vez Cíntia teve medo de seu marido, ele estava com os olhos cheios de ira, e gritou três vezes para ela calar a boca, isso a dois dedos de distância. Ele a largou, foi tomar um banho, e ela foi dar uma volta, depois foi à casa de uma amiga.
Chegou à casa de Eliana, esta ouviu a campainha e ao abrir a porta recebeu Cíntia que estava com os olhos marejados, porém, sem perder a compostura. Eliana morava sozinha, há algumas quadras de distância, numa casa luxuosa. As duas sempre foram amigas, embora fossem de "mundos" completamente distintos. Eliana, com sua doçura tradicional, atendeu sua amiga, deu-lhe um abraço e a chamou para entrar, já imaginando o que teria ocorrido. Cíntia, não dizia nada, até perguntar se ela achava que o casamento teria sido um erro. Eliana repondeu:
- Por que você me pergunta isso? Antes de você casar, quando ainda estava namorando e veio me dizer que vocês iriam noivar, lembra quais foram as minhas palavras? Se não lembra, tente lembrar, a minha parte eu fiz. E mais, lembra qual foi a sua reação?
Cíntia respondeu:
- Verdade, quem dera eu tivesse te ouvido, está acontecendo tudo que você tinha falado...
terça-feira, novembro 14, 2006
Pena de morte não é a solução

Que Saddam Hussein será condenado à morte, ninguém duvida, falta saber apenas, se a pena será efetivamente executada.
Deve demorar, mas acredito que Saddam não deva ter escapatória, uma vez que certamente a ordem da execução já partiu diretamente de Washington, que enxerga na morte do ditador, uma espécie de ponto de honra, visto que a invasão do território iraquiano se transformou numa das maiores trapalhadas da história. Com a morte do antigo ditador, por mais que de agora em diante nada mais dê certo, seja nesta "guerra contra o terror", ou mesmo internamente, os republicanos sempre baterão na tecla de que o objetivo foi alcançado. Diante disso, eu não acredito que a vida do iraquiano seja poupada, pois se isso acontecer, os membros do atual governo dos Estados Unidos deixarão o poder com a sensação de terem fracassado, o que seria inadmissível para os "poderosos" norte-americanos.
Porém, não é isso que me interessa agora, a eminente execução de Saddam Hussein foi só o gancho para o assunto que realmente quero tratar neste post: pena de morte. Pretendia escrever algo sobre isso, no entanto, surgiu um problema - pensando melhor, conclui que tudo o que eu poderia dizer contra o instituto já foi dito. Afinal este assunto é na lista dos assuntos mais comentados, só deve perder para o "aborto"! Este tema já foi exaustivamente abordado, internet à dentro, todos os argumentos relevantes, tanto favoráveis quanto contrários, já foram suficientemente expostos, a própria Mary, minha amiga blogueira (que está à beira de se transformar na minha amiga ex-blogueira), já tratou do assunto com muita competência. Por estes motivos não vou escrever os textos como costumo e gosto de fazer, irei ressaltar apenas dois aspectos, dentre outros extremamente relevantes, que me levam ser contra a pena capital:
1º - é justo matar alguém após passado o calor dos fatos? Entendo que não. Imagine a seguinte situação: você está andando, tranquilamente, pela rua quando alguém vem e encosta uma arma na sua cabeça, ameaçando atirar se você não passar sua carteira. Você não tem dinheiro, ele não acredita e quando o asssaltante está a ponto de atirar, você consegue tirar a arma de sua cabeça e tem início uma luta entre os dois. No calor dessa luta, se surgir a oportunidade, você tem o direito de matar o assaltante? Eu penso que sim. E se acontecer de durante esta luta você conseguir vencê-lo, acertando um golpe fulminante, que acaba por deixar o assaltante desacordado. Você tem o direito de pegar a arma que ele portava e apertar o gatilho matando-o? Neste caso, acho que a sua resposta será pela negativa. Certo?
Assim, a pergunta que deve ser respondida é: seria correto matar alguém que já está dominado pelo aparato Estatal? Claro que não, por isso a pena de morte não deveria nunca ser adotada por qualquer país que respeite os direitos humanos;
2º - desconheço ocasiões em que o sujeito antes de cometer qualquer tipo de crime, consulte o Código Penal, para decidir se deve praticá-lo ou não. O criminoso, sempre tem a idéia de que não será pego, esta forma de pensar é intuitiva. Ou seja, pouco importa se a pena prevista é de morte ou outra menos grave, não é a gravidade da pena que inibe a criminalidade, e sim, a certeza da punição cumulada com medidas sociais.
Por tudo isso, e algumas coisas mais é que algumas pessoas repetem como se fosse um mantra: "pena de morte não é a solução!" É muito clichê dizer isto, mas não é mesmo.
quinta-feira, novembro 09, 2006
Enquete sobre a Justiça

segunda-feira, novembro 06, 2006
Estrangeirismos

Um tempo atrás, na "Blogueiros", uma comunidade do Orkut, surgiu uma discussão sobre o chamado estrangeirismo, mais especificamente o anglicismo. Tudo começou porque alguém notou que algumas pessoas costumam se utilizar de palavras inglesas, mesmo nas hipóteses em que há equivalentes em português. Neste texto, (aproveitando que blog aceita tudo!) pretendo expor minha opinião sobre esse tema.
Certamente, a introdução de palavras provenientes de línguas diversas, muitas vezes oxigena um idioma, tornando-o mais dinâmico, e a meu ver não há nada de desastroso nessa "importação". No entanto, deve ser ressaltado que em primeiro lugar deve ser buscado no idioma nativo a expressão apropriada, caso esta não seja encontrada, aí sim poderia ser utilizada uma estrangeira. Isto é, não se deve aceitar passivamente a prática de empregar palavras de outros idiomas, quando no nosso existe uma capaz de exercer, a contento, determinado papel. Por exemplo, algumas lojas, especialmente nos shoppings centers, costumam estampar em suas vitrines: 50% off, em vez de 50% de desconto. E também no ambiente corporativo, nos quais as pessoas gostam muito de pedir um feedback em vez de pedir uma opinião.
Deste modo, quando uma palavra estrangeira servir para ocupar um espaço até então vazio no português, ou ainda para introduzir um novo conceito, serão muito bem vindas, por exemplo: o campo da informática é terreno fértil para a utilização de palavras estrangeiras, especialmente inglesas, tais como blog, mouse, spam, entre outras, além de neologismos como, deletar, clicar etc. Todas essas palavras penetraram no nosso quotidiano carregando uma carga conceitual nova, além de estarem confinadas ao já citado, campo da informática, por isso não há motivo para recusá-las.
O problemas é que hoje em dia muitas pessoas utilizam-se de estrangeirismos, com o intuito de transparecer atualidade ou até mesmo demonstrar possuir mais cultura que as demais. A explicação para essa idéia, até certo ponto equivocada, talvez encontre alguma explicação na origem do idioma português. Entre os romanos, existia o latim literário e o latim falado pela camada popular, ou latim vulgar, foi este último que soldados, colonos e funcionários romanos transportaram para as regiões por eles conquistadas, dando origem ao nosso português. Enquanto isso, o latim literário somente era utilizado por uma pequena elite culta, como Cícero e Horácio. Talvez resida neste ponto a razão para que em todas as épocas algumas pessoas tenham tido a idéia de inserir palavras estrangeiras no meio de suas frases. Aparentemente, pretendem com isso, diferenciarem-se da maioria. Antigamente era o francês que exercia o papel do latim literário, depois da segunda guerra, o inglês assumiu esta condição.
Resta esclarecer, entretanto, que esta prática de utilizar palavras estranhas ao idioma falado no Brasil é mais ridículo que perigoso. E ao contrário do que pensa o deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP), autor de um projeto de lei que pretende regulamentar a utilização do idioma português, o melhor modo de se impedir a descaracterização da língua portuguesa, é por meio de campanhas de conscientização e não por meio de leis, que muito provavelmente serão ignoradas.
sexta-feira, novembro 03, 2006
Divagações na terceira pessoa (ou quase)

Nem a família do rapaz, tinha uma explicação para aquele ato. Sandro, seu colega de trabalho ficou perplexo, não conseguia acreditar no que estava ouvindo, assim como todos os outros não tinha uma explicação para aquilo e decidiu tentar descobrir a razão que levara seu amigo a cometer aquele ato extremo. Ele só sabia que Sérgio, num determinado dia afirmara querer largar tudo e ir embora, mas não sabia de onde tirar forças. No dia em que ouviu essa confissão, Sandro, não prestou muita atenção nas palavras de seu colega, afinal ele tinha seus próprios problemas, sem contar que Sérgio, não lhe parecia lá muito encrecado, como aquela frase faria supor.
Em sua busca por respostas, a primeira pessoa a quem Sandro queria se reportar, não poderia ajudá-lo, pois estava morta, seria Cíntia, a esposa que morreu ao ter a notícia do ocorrido. Então, ele pensou na mãe de seu colega, dona Cláudia. Ela lhe falou que seu filho nunca demonstrara tendência a cometer aquele ato, o máximo que ela poderia dizer é que, até o dia de seu casamento, estranhamente, ele nunca pareceu estar muito feliz com aquele acontecimento, que se aproximava dia após dia. Segundo suas palavras, certa vez ela o indagou a respeito de sua aparente indiferença, mas ele como de costume, não quis falar sobre o assunto, preferindo sair com piadinhas nervosas, tentando aparentar uma irreverência descompromissada, que obviamente não existia.
Apesar de d. Cláudia estar tão desinformada quanto ele, já eram duas as informações que Sandro dispunha: Sérgio, não estava satisfeito com alguma coisa. Pensou que tal insatisfação não poderia estar relacionada à sua vida profissional, pois eles trabalhavam juntos e naquele ambiente, Sérgio era um dos que menos reclamava de sua rotina de trabalho, no entanto, descartou esta premissa já que Sérgio também nunca falou que faria o que fez, e mesmo assim acabou fazendo. As informações ainda não eram concludentes, faltavam muitas peças naquele quebra-cabeça, porém, Sandro estava disposto a descobrir o que tinha levado o seu amigo a fazer aquilo...
quarta-feira, novembro 01, 2006
Recado das urnas
No plano federal, o resultado foi mais do que previsível! Aparentemente, todos os escândalos de corrupção não abalaram o prestígio de Lula perante seu eleitorado, pois em 2002 ele foi eleito com 61,3%, contra 38,7% de José Serra, e agora, pelo número de escândalos ocorridos, sua votação baixou muito pouco, alcançando o percentual de 60,83 pontos, contra 39,17 de Geraldo Alckmin. Entretanto, apesar desse resultado, não acredito que o presidente Lula tenha a força, quase mítica, que aparenta ter, até porque muitos de seus aliados, tais como Olívio Dutra no Rio Grande do Sul, Aloísio Mercadante em São Paulo ou Espiridião Amin em Santa Catarina perderam, isto é, a transferência de votos não é automático.
A força de Lula está na fraqueza de seus adversários, muitos eleitores apesar de não concordarem com a corrupção havida no governo petista, o modo como a política econômica foi domada ou com alguns pontos da política externa, optaram por depositar seu voto nele a ter o PSDB, novamente, na direção da nação, ou seja, mais que dizer "sim" ao "lulismo", foi dito "não" ao "tucanismo", muito embora, não seja possível a "olho nu", enxergar uma diferença entre ambos os estilos.
Por falar nisso, outro ponto que deve ser lembrado ao ser feita uma análise do resultado dessas eleições, é que o eleitor em geral, não consegue enxergar uma diferença clara entre os membros da classe política, por exemplo, aqui no Paraná foi distribuída propaganda eleitoral na qual ligava o canditado do PDT, Osmar Dias, a Lula e a Geraldo Alckmin, ao mesmo tempo, o candidato do PMDB, Roberto Requião, adotou procedimento idêntico, por isso as pessoas fizeram o seguinte raciocínio: "todo político é igual, então eu vou votar em quem me ajudou!" E Lula ajudou muita gente com o Bolsa-Família e com os excelentes reajustes do salário-mínimo, estes seus dois cabos eleitorais mais relevantes.
sábado, outubro 28, 2006
Debate

quinta-feira, outubro 26, 2006
Perspectivas pós-eleitorais

sábado, outubro 21, 2006
Carta Capital e o jornalismo panfletário

quarta-feira, outubro 18, 2006
A campanha eleitoral

sábado, outubro 14, 2006
Coréia do Norte, a sua batata está assando...

Há algum tempo atrás, pouco depois deste blog ter sido criado, eu abordei o assunto relacionado à pretensão iraniana de enriquecer o urânio, ingrediente indipensável para a fabricação da bomba atômica. Terminei aquele post fazendo um gancho sobre a Coréia do Norte, no entanto, acabei esquecendo de voltar ao tema, sendo que agora diante dos acontecimentos envolvendo este país, me lembrei e retorno para tratar do assunto. Vamos a ele.
Como já havia dito naquele antigo post, a Coréia do Norte foi incluída no chamado "eixo do mal" pelo presidente Bush e este ato praticado pelo governante norte-americano, no meu entender, culminou no teste nuclear norte-coreano realizado segunda-feira passada.
Ora, após o 11 de setembro, os EUA atacaram o Afeganistão e o Iraque...
- Quem é o próximo da lista? Grita Bush para o primeiro lacaio que aparece na sua frente.
- Temos dois Mr. "Pruesidente". Irã e Coréia do Norte.
- um deles têm arma nuclear?
- Provavelmente um.
- Então atacaremos o outro.
Ou seja, este é o motivo para iranianos pretenderem enriquecer urânio e norte-coreanos insistirem em demonstrar a todos o seu poderio nuclear, ambos contrariando diversos pactos internacionais.
Lembrando ainda que os EUA não respeitam qualquer tratado contra a proliferação de armas nucleares e até hoje produzem os mais modernos armamentos.
Sanções à Coréia do Norte
Antes de se punir este país asiático, faz-se necessária uma pequena volta ao passado para tomarmos ciência dos antecedentes que culminaram nos eventos atuais.
Ao mesmo tempo que Bush denunciava a existência de um suposto "eixo do mal", o Pentágono bolava diversas estratégias para o emprego preventivo de armas nucleares contra China, Rússia, Líbia, Síria, Iraque, Irã e Coréia do Norte, isto é, foram os EUA quem deram o primeiro "tiro" nesta guerra, por enquanto, psicológica. Finalmente, vale dizer que os Estados Unidos não respeitaram a resolução do Conselho de Segurança da ONU, quando da invasão ao Iraque, e zombando desta instituição afirmaram ainda disseram que o apoio ou não da ONU seria irrelevante, isto é, o líder norte-coreano acredita estar correndo sério risco.
Por isso fica a pergunta: como punir os norte-coreanos - povo já castigado pela fome - por não respeitar uma resolução da ONU, quando o seu membro mais importante, que deveria dar o exemplo não só o desrespeita, como ainda o humilha perante o mundo?
quarta-feira, outubro 11, 2006
Vida real é legal mesmo!!

Porém, se ele não escreve eu escrevo por ele, afinal amigo é para essas coisas!!!! Por exemplo, certa vez nós estávamos num muquifo aqui de Curitiba, tomando umas e outras e fazendo de conta que estávamos dançando, nisso do nada, chega uma guria (feia de doer, diga-se de passagem) e agarra o cara de um jeito, que ele até parecia ser um daqueles artistas que aparecem na televisão, a mulher não largava ele de jeito nenhum, até que, meio constrangido, ele acabou ficando com ela mesmo. Passou pouco mais de 10 minutos e o cara veio me falar que ele e sua "princesa", iriam para o apartamento dela.
Segundo ele, ao chegarem lá, a guria parecia enfurecida, tirou a roupa dele e durante a noite inteira não teve sossego. O problema é que só existia um pacote de camisinha na casa, sendo que num dado momento elas acabaram, mas naquele momento não havia como interromper, então foi sem mesmo.
No dia seguinte ele surgiu eufórico contando todos os detalhes, falando que a excitação foi tão grande que acabou fazendo sem camisinha e tal. Neste momento eu lhe perguntei:
- Meu, e se ela tiver AIDS? Afinal se ela agiu daquele jeito com você, será que não agiu assim com outros caras também?
Ali me pareceu que ele nem tivesse dado muita importância ao assunto. Errado! Ele só não quis demonstrar. Num outro dia veio me falar:
- Omar, se ela tem AIDS, agora eu tenho também. Certeza! Seria impossível eu não pegar, afinal...
A paranóia foi aumentando aos poucos, até tomar conta do pedaço. Um dia ele me ligou dizendo estar começando a sentir os primeiros sinais da doença, dizia estar fraco, com muita dor de cabeça, mas não tinha coragem de fazer o exame. Entretanto, a medida que os dias iam passando, ele ficava pior, estava realmente ficando doente, mas não tinha nada a ver com AIDS, era psicológico mesmo.
Um certo dia - ele estava visivelmente mal - quando ainda trabalhávamos juntos, ele me diz estar disposto a fazer o exame, pois não aguentava mais aquela angústia, mas se desse positivo, ele não iria morrer aqui em Curitiba não, iria para Salvador, morrer lá, e sem avisar ninguém, simplesmente sumiria no mundo.
Ele já estava quase se arrastando quando foi colher sangue para o exame. O resultado foi negativo e este foi o melhor remédio para sua doença, o efeito foi quase imediato, no outro dia ele já estava me chamando para sair de novo. Porém, agora encheria o bolso com camisinhas.
domingo, outubro 08, 2006
Seriam os seres humanos "semi-deuses"?
- Eu não sei por que você fica todo contentinho quando um dos humanos aparece! Na maioria das vezes eles te mandam sair de perto.
- Não sabe? Indagou Marcão. Pois eu é que me admiro de você não fazer o mesmo, ou até mais do que eu faço.
- Não faço porque não sou idiota como você. Responde o gato.
- Gatuno, você acredita na bíblia e mesmo assim não presta nenhuma adoração aos humanos?! Sei não hem?
- Lá vem você de novo Marcão. Por que você diz isso?
- Por nada!
- Começou agora termina, Marcão.
- Não, não é nada mesmo, é que segundo a sua bíblia, me parece que o homem é quase um deus.
- O quê???!!! Você viaja demais, Marcão. Já te falei, ore a Deus e peça discernimento para entender as Escrituras.
- Viagem? Então tá bom, vê lá comigo Gatuno, em Gênesis 3, 5 e 22. Perceba que Deus no versículo 22 confirma as palavras da serpente ditas no versículo 5, isto é, nem você mesmo pode dizer que a serpente estava mentindo. Isso significa que a única diferença entre o homem e Deus é que Este vive eternamente. Ou não? Depois pega lá em Salmos 82 e veja que o narrador afirma que Deus se levanta no meio de uma assembléia, onde existem outros deuses. Sendo Javé o único deus, como você diz, quem seriam estes outros "deuses"? Você concorda comigo que só poderia ser o homem?
- Não! Não é isso que está escrito ali, isso que você está dizendo não passa de uma injustificável suposição. Responde Gatuno.
- Não? Tem certeza Gatuno? Neste momento, Marcão, fala com um sorrizinho sarcástico na fuça, enquanto completa - Se eu fosse você começaria a prestar culto aos humanos, pois o seu Deus não deve estar muito contente com você não. Lembra do que disse aquele seu amigo* o Deus de vocês é um deus de ira.
- Marcão, até que em algumas situações você diz algumas coisas com um certo sentido, mas agora você forçou, hem? Dizer que o homem é Deus!!!! Isso não chega nem a ser uma blasfêmia, isso não passa de uma idiotice.
- Como idiotice? Lá em Gênesis está claro que Deus fala com os outros deuses (mas ele não é único?) que o homem ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, se tornou um deles e que por isso deveria ser expulso do paraíso, caso contrário ele comeria da árvore da vida e viveria eternamente. Acabando com a única diferença entre ambos, ou seja, o homem se transformou num Deus com prazo de validade.
- Marcão e suas interpretações totalmente equivocadas do Livro Santo. Quer saber? Vou dormir que eu ganho mais.
Ao ver o gato indo embora, Marcão fala em voz baixa:
- Eu me divirto com esse gato. Mas, será que todos os crentes são como o Gatuno?
* Aqui é a segunda vez que cito o comentário que um teísta conhecido como Spadina deixou num outro diálogo entre Marcão e Gatuno.
quarta-feira, outubro 04, 2006
Advogado/Cliente! Ô relaçãozinha esquisita hem?
terça-feira, outubro 03, 2006
Rápida análise das eleições

Presidente
sábado, setembro 30, 2006
Post disperso

1º - Geraldo Alckmin;
Ou seja, se esta enquente refletir o resultado das eleições de amanhã, a partir de 1º de janeiro de 2007, o Geraaaaldo (desenterrei essa hem?) será o nosso novo presidente da república... e isso é uma boa notícia?
Mudando de assunto, por falar em eleições, estou escrevendo este post sábado, dia 30, por isso estou super ansioso porque amanhã vou passar 9 horas organizando fila no meu antigo coleginho. Que emoção! A minha ansiedade se explica já que vou trabalhar um dia inteiro e para isso serei recompensado com um belo vale-refeição de R$ 10,00!!! É ou não é razão para a excitação tomar conta do meu espírito?
Na outra eleição que eu trabalhei, foi bem divertido porque à uma certa altura quando a fila estava enorme, três velhinhas - que não se conheciam - chegaram juntas para votar, elas vieram direto na porta da sala de aula, até aí tudo bem, porém o detalhe é que a três começaram a discutir pois nenhuma das delas queria deixar a outra entrar antes! Foi uma comédia, a mais "menina" devia ter uns 100 anos! Tá bom nem tanto, mas uns 70 tinha. Eu nem me meti na discussão, deixei a três quebrando o pau, até que num dado momento ela se voltaram contra mim, dizendo que era obrigação minha definir quem entraria primeiro.
O Lula agiu certo ou errado em não comparecer ao debate? Depende do ponto de vista.
Do ponto de vista do Lula e do PT, foi corretíssimo! O petista só tinha a perder. De acordo com as pesquisas mais confiáveis (somente uma pesquisa confiável destoa, a minha!) o provável futuro presidente tem quase 50% da preferência do eleitorado brasileiro, para que arriscar alguma coisa num debate como esse? Lá, ele seria bombardeado pelos demais candidatos, a HH iria trucidá-lo, e certamente ele iria fazer papel de bobo tentando explicar o inexplicável.
Agora, analisando a ausência de Lula do prisma de todo o resto da sociedade, o ato foi inaceitável, já que este candidato mais uma vez demonstrou toda sua hipocrisia, uma vez que ele sempre criticou duramente seus adversários que deixavam de participar dos debates, mas as coisas mudam...aaah se mudam... e o Lula vem provando isso dia a dia.
quarta-feira, setembro 27, 2006
Direitos do trabalhador
"Omar não sei se o projeto desse Osmar Dias é tão ruim assim para trabalhador. Acho que lei não tem que ser boa para mim ou para o outro. Tem que ser justa. E as leis trabalhista aqui são leis sempre contra o patrão.
Vamos por partes:
"Omar não sei se o projeto desse Osmar Dias é tão ruim assim para trabalhador..."
Para o trabalhador empregado o projeto é péssimo, Liliane! Como todos sabem o nível de desemprego hoje no Brasil é extremamente elevado, milhões de pessoas estão desesperadas em busca de uma colocação profissional, com a aprovação de leis como essas, um empregador poderia se aproveitar deste cenário e contratar alguém para trabalhar em sua empresa deixando de pagar o 13º salário, por exemplo. Por isso este projeto é horrível para quem trabalha sob o regime celetista. Mas é claro, eu não acredito que um projeto desses seja transformado em lei. Ao menos não nestes termos, pois uma reforma trabalhista deverá acontecer.
"...Acho que lei não tem que ser boa para mim ou para o outro. Tem que ser justa. E as leis trabalhista aqui são leis sempre contra o patrão."
Liliane, a Constituição da República - que é a nossa Lei Maior, ou seja qualquer outra lei com ela incompatível não deve ter nenhum efeito - estabelece o princípio da igualdade, que no meu modo de entender, é o que mais se aproxima do conceito de justiça pregado por você. E ao contrário da opinião reinante, esta igualdade, constitucionalmente prevista, não significa tratar a todos de forma igual, mas tratar a todos de forma desigual, na exata medida dessa desigualdade. Afinal, materialmente falando, ninguém é igual a ninguém não é mesmo?
Certamente, patrões e empregados não estão em posições iguais, pelo contrário, economicamente o patrão está numa posição amplamente privilegiada, por este motivo o ordenamento jurídico concede ao empregado uma certa superioridade jurídica, objetivando deste modo, promover uma igualdade mais efetiva, como a sociedade almeja.
Por isso eu discordo de você, quando diz que "as leis trabalhistas são contra o patrão". Tendo em vista o que eu disse lá em cima, as leis trabalhistas promovem a justiça (igualdade) na sociedade, sendo portanto justas. E para encerrar, quero frisar que estas leis não são contra o patrão, pois ao garantir alguns direitos mínimos ao empregado elas demonstram ser a favor da sociedade, na qual o "patrão" está inserido.
sexta-feira, setembro 22, 2006
Análise dos principais candidatos ao governo do Paraná

Flávio Arns, candidato do PT foi eleito senador ao lado de Osmar Dias nas eleições de 2002, e durante estes quatro anos de legislatura não se ouviu falar em seu nome, esse é o típico candidato "copa do mundo", só aparece de quatro em quatro anos. À título de curiosidade, vale registrar que num dos debates realizados nesta campanha, o candidato ao ser indagado se ele uma vez eleito, iria utilizar-se dos mesmos métodos adotados pelo partido dele, o PT, para administrar o Paraná. O candidato petista - que mais me lembra o senador Eduardo Suplicy, aquele mesmo, pai do Supla, tal a sua aparente falta de jogo de cintura na cena política - afirmou que sim, os mesmos métodos seriam aplicados aqui. Ou seja, se este senhor for eleito, mensalões, dossiês, etc, estarão à caminho.
Como votar em Roberto Requião? Um sujeito mentiroso e bravateiro. Nas eleições de 1990 foi o Ferreirinha, em 2002 foi o pedágio, as 200 mil casas populares, o seguro em favor dos agricultores entre outras diversas promessas que ao ser eleito foram convenientemente esquecidas. Um candidato que conta com a memória curta da população para se eleger, na minha opinião, não merece o voto dessa mesma população.

Antes de falar deste candidato vale fazer uma referência ao atual candidato à presidência Eymael (Ei ei Eymael, o democrata cristão) que num dos primeiros programas eleitorais da safra atual, disse que o seu projeto era chegar ao poder. Ao que me parece, para Rubens Bueno a idéia é a mesma. O candidato do PPS é a prova de que o fisiologismo prevalece no final! Antonio Gramsci, grande filósofo socialista, certa vez disse que a política pode ser dividida em "grande política" e "pequena política", aquela defende os interesses da nação como um todo, procurando desenvolver o país na sua universalidade, enquanto que a "pequena política" é aquela política de corredor, o famoso "toma lá, dá cá", em outras palavras o fisiologismo político, prática na qual o PMDB é mestre. No caso deste candidato, ao se aliançar com o PFL, ex-partido de Jaime Lerner, e atual do Cassio "Caixa 2" Taniguchi, demonstra que o único objetivo é chegar ao poder, isto é, a pequena política superou a grande política.
quinta-feira, setembro 21, 2006
O PT é o verdadeiro partido revolucionário brasileiro!
No início dos anos 80, com a ditadura perdendo sua força no país, é criado o Partido dos Trabalhadores, o qual surgia fundado na idéia de que o trato com a coisa pública poderia ser diferente, os políticos poderiam ser diferentes, ou seja, o modo de fazer política poderia ser diferente! No início de sua vida o PT apresentou-se à sociedade com uma declaração em favor do socialismo. Ainda em 1990, foi aprovado um documento cujo nome era "Socialismo petista", nesta manifestação novamente o PT definia sua luta por uma ordem socialista fundada na socialização dos grandes meios de produção e na socialização do poder. Esta opção foi tomada quando seus militantes ainda estavam em êxtase pelos 47% dos votos conquistados no segundo turno da eleição vencida por Fernando Collor.
Linda história, não? Entretanto, aos poucos as coisas começaram a mudar, e num dado momento, mais precisamente em 2002, o partido dá uma guinada à direita, ao redigir a fatídica "Carta ao povo brasileiro". Nesta carta foi dito que uma vez no poder a ordem de comando seria “não romper contratos”. Ou seja, começou-se a fase da política fisiológica, aquelas de corredor mesmo, na qual visa-se o poder pelo poder.
Depois de chegar ao poder, com mensalões, sanguessugas, e agora com essa história de compra de dossiês por assessores próximos a Lula, nós pessoas comuns, num primeiro momento poderíamos pensar que estamos diante da mais pura demonstração de que o PT é um partido de mentirosos. Mas será isso mesmo? É isso sim! Contudo, se é isso mesmo, a quem eles mentem? Eu respondo que é ao povo brasileiro. E qual seria essa mentira? Há algum tempo atrás eu acreditava que a mentira era se dizer de esquerda quando na verdade seriam todos de direita, no entanto agora mudei de opinião. Tenho certeza de que o PT é um partido revolucionário, e a mentira é se dizer de direita quando na verdade são totalmente de esquerda.
Ora, com o fim da ditadura o povo brasileiro comprou a idéia propagada pela Rede Globo de que o modelo norte-americano seria o ideal para ser aplicado em nosso país, diante disso, Lula e seus correligionários concluíram que a melhor forma de provar que o capitalismo não nos serve, seria infiltrar-se no meio dele e escancarar todos os seus podres de dentro para fora, fazendo com que a sociedade se enojasse dos políticos e da política burguesa, e passasse a enxergar no rompimento total com a ordem vigente, isto é numa revolução socialista, a única forma de acabar com os desmandos da política atual.
Digo isto porque esta é a única explicação que eu vejo para todos esses escândalos que tem acontecido no país desde a chegada ao poder dos petistas, e é por isso que eu digo que o PT é o partido mais comprometido com a causa revolucionária que já existiu no Brasil.