terça-feira, maio 30, 2006

Marcão e Gatuno em: Uma conversa que não levou a nada

Ficção

Gatuno dormia tranquilamente em seu cesto que ficava grudado a um dos cantos da sala, quando a empregada o expulsou para limpar o chão da casa. Meio contrariado ele se levantou e foi para o quintal, mas não sem antes dar uma bela espreguiçada, daquelas que só mesmo um gato consegue fazer. Ao chegar no local encontrou Marcão esparramado ao sol nos fundos da casa, este deu apenas uma olhada para o bichano, aparentemente sem querer muito papo, entretanto, Gatuno nunca se importou com isso, ele sempre foi mais falador que o cachorro e soltou:

- O que você tá fazendo?

- Estou descansando. Respondeu Marcão fazendo o mínimo de esforço para se mexer.

- Ah é? Se exercitou demais hoje é? Você é um vagabundo!

- Não enche! Disse o cachorro que sem demonstrar qualquer irritação, continuou sem se levantar. - Gatuno, você acredita na Bíblia?

- Claro! Que pergunta idiota! Responde o gato espantado.

- Então você acredita que o mundo foi criado como está lá?

- Sem dúvida.

- Sobre isso, algo me intriga, Gatuno! Respondeu o cachorro - Segundo está escrito no versículo 3º do primeiro capítulo do Gênesis, Deus primeiro criou a luz no primeiro dia, "mas, porém, todavia, contudo" - Marcão adorava este tipo de ênfase - "Ele" ou "ele", não sei, fez o sol no quarto dia. Isso não é estranho?

- Você não entende quando lê a bíblia, seu cão! A luz criada por Deus antes das estrelas era de alguma outra fonte desconhecida por nós, talvez viesse do próprio Deus! Afirma o gato já perdendo a paciência.

- Que loucura! Além disso a bíblia diz que  as plantas foram criadas no terceiro dia e as estrelas, o sol e a lua, no quarto!!! Será mesmo que as plantas conseguiriam viver sem sol? Indaga o cachorro, agora sentando-se e olhando nos olhos do gato.

- O meu Deus é o Deus do impossível. Rebate, Gatuno.

- E tem mais, como que a criação do mundo se deu em dias se os dias só passaram a existir quando surgiu o sol?

- Marcão, deixa eu te falar uma coisa: não adianta você tentar entender Deus, Ele é incompreensível para qualquer um de nós! Você vai acabar ficando louco! Outros já tentaram isso que você está tentando hoje e... não estão mais entre nós.

- Nossa que medo! E não acaba por aí! Diz o cachorro em tom ainda mais desafiador. - Você acredita mesmo que o homem foi criado antes da mulher e por mera conveniência de Adão?

- Acredito na Bíblia de capa a capa, se está lá é porque assim o foi! Rebate Gatuno.

- Então porque os homens, em sentido estrito, tem mamilos? Já pensou nisso? Se não, eu te digo o porquê: o embrião é feminino até que numa certa altura da gestação os hormônios vêm e o transformam em masculino, mas aí, digamos assim, é tarde demais, e certas características não podem mais ser mudadas. Será que essa "lei natural" só passaria a "vigorar" - Marcão adorava fazer aspas com suas patas - depois da criação do primeiro casal. Aliás, se a bíblia está certa, Adão não tinha mamilos!

- Olha, Marcão, quero te dizer que sem uma orientação divina você nunca vai entender os desígnios de Deus. Só depois de você abrir sua alma e deixar que o Espírito Santo de Deus aja sobre si, é que você vai obter as respostas a estas perguntas chatinhas que você sempre faz.

- Mas você não sabe no que acredita, Gatuno, não consegue me explicar nada!

- Eu sei no que creio. Jesus disse: Bem aventurado os que creem sem ver. - Gatuno não fazia aspas com as patas. - Bom, o papo tá legal, mas eu tenho de ir - diz o gato - vou encontrar uns amigos, até!

- Até...

segunda-feira, maio 29, 2006

Advogada do Marcola - Vídeo

Pensei em falar alguma coisa sobre as atitudes da advogada do Marcola, Maria Cristina Rachado, tenho muita coisa a dizer, mas é melhor não...o Tribunal de Ética da OAB pode não gostar!

sábado, maio 27, 2006

Piso salarial paranaense, mais um jogo de cena!


Em primeiro lugar, cumpre esclarecer para quem não mora no Estado do Paraná, ou até para quem mora, mas não acompanhou os acontecimentos, que é melhor clicar aqui para entender melhor o tema ora abordado.
Finalmente foi aprovada a lei estadual 02/2006 que estabelece o novo piso salarial a ser aplicado em todo o Estado paranaense. Entretanto, apesar de todo o estardalhaço patrocinado pelo governador Roberto Requião - ocasião na qual, este chegou até a ameaçar divulgar o nome e a foto do deputado que votasse contra o projeto - cabe salientar que esta lei terá uma aplicação muito restrita entre os trabalhadores empregados, uma vez que houve o veto do parágrafo único do artigo 3º, que contava com a seguinte redação:
Art. 3º - Esta lei não se aplica aos empregados que têm piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo e aos servidores públicos municipais.
Parágrafo único. Caso o piso salarial constante de acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho seja inferior ao valor do piso salarial instituído nesta lei, será garantido ao trabalhador pagamento do valor ora instituído.
É claro que o parágrafo único seria declarado insconstitucional pelo STF, caso o governador não se antecipasse tomando esta atitude, pois os acordos e conveções coletivas detém reconhecimento pela mais alta lei de qualquer Estado sobrerano, qual seja, a Constituição, isto significa que tais instrumentos normativos estão acima até mesmo de uma lei emanada do Congresso Nacional, quanto mais de uma lei estadual! No entanto, o que não se pode aceitar é a forma como o assunto foi tratado, a impressão passada era a de que estávamos diante da salvação do trabalhador paranaense. E como será demonstrado isto não ocorrerá!
Obviamente, a lei não trará qualquer mudança aos que ganham acima desse novo valor instituído, independente de haver convenção ou acordo coletivo, em seguida não trará qualquer benefício aos trabalhadores pertencentes às categorias profissionais que contem com piso superior, por força do mencinado artigo 3º, à título ilustrativo, a categoria metalúrgica é uma dessas, pois o piso dos metalúrgicos está na base de R$ 555,00. Agora vem o pior, como dito acima, o parágrafo único do artigo supra colacionado, foi vetado pelo governador, isto significa que aquelas categorias onde o piso está hoje fixado em valores inferiores ao novo piso regional, não terão qualquer incremento em sua renda. Portanto somente aqueles empregados pertencentes às categorias sem qualquer convenção ou acordo coletivo, deverão ser beneficiados, sendo que atualmente quase todas as categorias contam com estes instrumentos normativos.
Diante do que foi exposto, não restam dúvidas que a classe dirigente do nosso país, em especial do Estado do Paraná, tem certeza que o povo não liga para o que efetivamente é feito em seu benefício, e sim para o jogo de cena, para as peças publicitárias mirabolantes, enfim, este piso regional, não passou de uma grande jogada de marketing político, visando como já era de se esperar, as próximas eleições, pois não tenham dúvidas e me cobrem depois, como este será um dos pontos mais explorados pelos candidatos que estejam buscando a reeleição.

quinta-feira, maio 25, 2006

A mentalidade do ser humano


Cotidiano

Estava eu dando uma navegada meio inconsequente pela net, até que entrei no blog da Bruna, depois no do Noblat, onde encontrei dois textos, que me deram a idéia para este post. Bom, vamos a ele.

Na próxima eleição, eu tenho quase certeza que o Lulaluf vai ser reeleito, também não tenho dúvidas que muitos daqueles que estão envolvidos em esquemas como "mensalão", ambulâncias, entre outros escândalos, continuarão com seus cargos, desta vez legitimados pelo voto (ao menos é o que eles irão alardear aos quatro ventos), ou seja, deverão continuar suas aventuras pelo "lado escuro da força", e se alguém os questionar certamente, irão simplesmente dar a seguinte resposta:


- "Roubei, e o povo mesmo sabendo disso votou em mim de novo, então eu posso fazer tudo de novo, porque quem podia reclamar não só, não reclamou, como implícitamente, ainda disse que eu estava certo fazendo aquilo! Então cale a sua boca!"


E ninguém vai poder dizer algo contra mesmo! Mas o que eu quero expôr aqui é o porquê disso acontecer? Como a Bruna disse, por que a torcida do Corinthians tenta invadir o campo para linchar os jogadores que foram eliminados na Copa Libertadores, e essa mesma torcida não é capaz de se mobilizar para cobrar maior lisura nas contas públicas? No blog do Noblat, foi o postado o seguinte conto:


Um deputado federal do PDT mineiro foi visitar a sogra em Belo Horizonte na semana passada. E lá travou o seguinte diálogo com a cozinheira da casa:

- O senhor conhece o Lula? - ela perguntou.

- Bem, conheço como todo mundo conhece - respondeu o deputado.

- É verdade que ele rouba?

- Bem, eu não sei.

- É que se ele rouba não tem nada demais. No lugar dele, eu também roubaria.

- Veja, não é assim... Interveio o deputado.

- Vou votar nele de novo - encerrou a empregada.

Pensei no assunto, e imagino que talvez, uma das razões disso tudo, pode ser o fato de o homem - como diz Aristóteles - ser um animal político, ou seja, precisa se relacionar com outros homens, e isso ele reconhece bem, tanto que ninguém perdoa quando um sujeito tira dinheiro de seus avós, por exemplo, exatamente por essa ser uma relação pessoal clássica. Enquanto isso, nas situações em que o político comete falcatruas, está tirando do Estado, e este por natureza, é um ente impessoal, por este motivo, as pessoas não conseguem ver este ato com olhos de reprovação. Na cabeça dos prováveis eleitores do Lulaluf deve passar o seguinte raciocínio:


- Bom tirar dinheiro dos meus avós? Eu nunca faria isto, porque é errado! Agora, tirar dinheiro do Estado, até eu tiraria, não tô lesando ninguém, isso não é errado, e se for, não é tão errado assim!


Por isso, enquanto essa mentalidade não mudar, continuaremos tendo políticos corruptos, e vendo o mundo inteiro se desenvolvendo, enquanto o Brasil, fica para trás.


quarta-feira, maio 24, 2006

Direito de Família é isso aí...


Pessoal

Me formei no final de 2005, já passei no exame da OAB, mas ainda assim ainda estou meio sem rumo na vida, e parece que a vida não pretende me ajudar em nada, a única certeza que parece estar surgindo é que eu não posso atuar n área de Direito de Família, para não ter de me deparar com situações como a que eu pretendo narar neste post.
Pouco antes de fazer esse famigerado exame, um colega de faculdade me indicou um caso de separação consensual para ser feito, até aí tudo bem, esse tipo de demanda é muito simples e rende um bom retorno financeiro, então chamei o casal para acertar o acordo que em seguida deveria ser homologado pelo Juiz, mas nesse primeiro encontro o marido estava muito nervoso não queria muita conversa, e quando eu abordei a questão da pensão que ele deveria pagar à fillha do casal, a sua reação foi ameaçar a mulher de morte:
Oia dotô, é mió eu dá um tiro na cara dessa muié...vai sê mais barato pá mim..., disse levantando-se da cadeira, com o rosto muito vermelho aparentando que iria explodir a qualquer momento.
Para não correr o risco de entrar na faca também, tive de tomar uma posição forte, depois disso, ele amansou, mas ainda assim não houve qualquer acordo. No dia seguinte, voltei a entrar em contato com a esposa, e ela disse que estava com medo do marido, eu falei que podia ajuizar um pedido de "separação de corpos" para que ele deixasse o lar conjugal, ela aceitou imediatamente. No mesmo dia fiz a petição, e logo no dia seguinte a esposa me avisou para deixar tudo por isso mesmo, no entanto, fez questão de frisar que somente não queria que ele saísse imediatamente de casa, mas ainda queria a separação, percebi que algo de ruim (pelo menos para mim) estava me rondando - por essa petição frustrada não recebi um só centavo - alguns dias depois marquei novo encontro com ambos, para tentar pela última obter uma separação consensual, porque esse procedimento é bem menos desgastante, tanto para as partes quanto para mim, e qual não foi a minha surpresa, quando os dois sentaram na minha frente, e iniciaram o seguinte diálogo:
- Vamu pará cum issu muié, cê sabi qui eu ti amu você! Diz o marido.
No que ela responde: - Cê é muito bruto Mauro (nome fictício).
- Eu posso mudá, mais num mi dexa não, vamu imbora! Disse o marido com os olhos marejados.
Nessa hora a esposa balançou, e começou a chorar junto.
- Num sei, cê já disse issu inhantes...
- Mais agora é di fé!
- Tá bom! Vamu imbora! Encerra a mulher.
Os dois se levantaram deram as costas para mim. A esposa ainda me deu um "tchau", mas sem nem olhar para trás, e eu fiquei ali, sem ação olhando os dois saindo, dando adeus também aos meus honorários, que até então eu não tinha visto a cor (e provavelmente nem verei).

terça-feira, maio 23, 2006

Marcão e Gatuno em: A chegada

Religião


Os filhos - um casal de gêmeos - de Flavionei, iriam completar 5 anos dali a dois dias, quando ele passou em frente a uma loja de animais e viu uns filhotes numas gaiolas e resolveu levar para presentear seus filhos, para a sua filha, Ana Paula, comprou um filhote de gato siamês, e para o Cláudio, adquiriu um cachorrinho pastor alemão.

Quando chegou em casa foi aquela festa, e assim continuou por alguns dias, até os pobres animais perderem o status de novidade.

Ao gato foi dado o nome de Gatuno, e ao cachorro de Marcão, e os dois foram crescendo, sem nunca terem qualquer tipo de entrevero, muito pelo contrário, ambos estavam sempre juntos, nem pareciam cão e gato, fora este detalhe, para as pessoas, eram dois animais comuns, mas entre eles, em nada lembravam os outros animais. Conversavam muito, sobre todos os assuntos, sobre os seres humanos, os outros animais, entre outros assuntos.

Certa vez Marcão notou que a mãe das crianças chorava muito enquanto falava, aparentemente sozinha. Mas uma palavra lhe marcou: "Deus" - ela repetia essa palavras toda hora e isso o deixou intrigado, até que foi falar com seu amigo:
- Gatuno, você sabe o que quer dizer "Deus"?

- Claro que sei, Marcão! Deus é amor, é carisma. Deus é o criador de mim e de você! Deus é o que de mais maravilhoso pode existir...

- Você já o viu? Interrompe o cachorro intrigado.

- Na realidade, eu não! Ninguém nunca viu!

- Você sabe mais sobre ele?

- Eu sei o que ouço dos humanos quando conversam a respeito.

- Hum interessante...encerra Marcão, enquanto sai pela porta ruminando o assunto.

sábado, maio 20, 2006

Definitivamente, o Estado brasileiro está falido


Em 29 de junho de 2001, foi criada uma lei para viabilizar a reposição dos expurgos inflacionários dos Planos Verão e Collor I das contas vinculadas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, ou seja, esta lei transferiu a responsabilidade pelo pagamento desta conta, de mais de 40 bilhões de reais, do Estado para a sociedade.
Em qualquer país do mundo a espécie tributária denominada "imposto" existe para cobrir os gastos do governo no seu objetivo de implementar o bem comum. Isso significa que o imposto deveria servir, inclusive, para a administração pública oferecer à população a devida iluminação nas vias públicas, mas não é isso que acontece, e em 19 de dezembro de 2002, foi criado mais um tributo, especificamente, para custear este serviço.
Depois dos eventos verificados em todo o Brasil, temos um novo culpado para todas as desgraças do nosso país, chama-se "celular". E com respeito a este assunto, está para ser aprovada uma lei que obriga as operadoras a criarem, e doarem aos governos, estaduais e federal, uma tecnologia que bloqueie o sinal dos celulares dentro dos presídios.
Mas o que todos estes fatos, descritos de maneira tão dispersa têm em comum? Simples. Em todos eles, o administrador público brasileiro assinou seu atestado de incompetência para gerir a máquina estatal. Sempre que o governo percebe que não tem capacidade de cumprir seus deveres constitucionais, transfere, vergonhosamente, para a sociedade tal incumbência, este também é o motivo para a onda de privatizações ocorridas a partir da década de 1990.
Mas analisando especificamente a questão mais recente - dos celulares - a administração pública descaradamente assinou seu atestado de incompetência para impedir que os aparelhos entrem nas penitenciárias, e agora pretende obrigar que as empresas de telefonia cumpram uma obrigação que seria do Estado, e instalem bloqueadores impedindo que haja qualquer tipo de comunicação via telefone celular no interior dos presídios, exigindo que as operadores arquem inclusive, com todos os custos que a operação deve gerar.
Por isso, resta evidenciado que a cada dia o Estado brasileiro dá mostras que está completamente falido, pois não cumpre com as suas obrigações mais elementares, e o pior é que a expectativa a curto prazo não é nada animadora...afinal é Lulaluf ou a volta do estilo tucano de administrar, mas isto fica para uma outra hora!

quinta-feira, maio 18, 2006

Hipocrisia coletiva

Antes de entrar na faculdade de Direito, por um momento cheguei a pensar em fazer psicologia, para tentar entender o que passa pela cabeça do ser humano, se é que isso é possível - acho até que não. Eu fiz essa pequena introdução, para abordar aquele caso que todos já devem estar sabendo, (caso contrário clique aqui), da moça que foi filmada e fotografada transando com dois caras, nenhum dos participantes, seu namorado, e um deles casado.
Pois é, mas de qualquer forma, não fiz psicologia e hoje sou advogado, por isso tudo que disser aqui não passará de mera especulação, vou deixar de lado também a questão das fotos serem resultado de montagem ou não, já que isso diante do ocorrido pouco importa, ou seja, parto do princípio que o fato é verídico.
O que será que pela cabeça de um estudante de Direito, quando este deixa aflorar toda a sua hipocrisia ao ponto de pretender linchar outra pessoa, pelo fato de ter praticado um ato fora do convencional? Ao que me parece, todo o problema visto pelos estudantes homens, gira em torno da escolha dos parceiros pela moça, provavelmente todos consideram a si próprios, como uma opção melhor do que a feita por ela. E entre a estudantes mulheres, acredito que tudo se resolve na já famosa intriga feminina.
Ora, o que um pessoa maior de idade faz na sua vida privada não importa a ninguém, senão a ela própria, a privacidade é garantida pela Constituição, como cláusula pétrea, isto é, somente pode ser alterada com a promulgação de outra Constituição.
Qualquer pessoa até poderia não concordar com a atitude, mas isso não lhe daria o direito de querer linchá-la. Saber que isso ainda ocorre em pleno século XXI, já causaria estranheza em qualquer ambiente, o que dizer então quando o fato ocorre entre estudantes de Direito? Como agirão estes futuros advogados quando estiverem atuando profissionalmente?
Isto prova que não importa o grau de escolaridade do indivíduo, em muitas situações, a instrução vem do berço mesmo...

quarta-feira, maio 17, 2006

É possível provar a existência de Deus pela Bíblia?

Religião

Ontem conversando com alguns cristãos, percebi que normalmente eles costumam invocar a Bíblia, quando pretendem provar a existência de Deus. Durante aquele bate-papo informal eu tentei provar a eles que isso não é possível e que tal atitude não passaria de uma enorme falácia, isto é, um erro lógico.

Explicando melhor a minha argumentação, vale esclarecer que os lógicos, identificaram uma espécie de pensamento inválido chamada petição de princípio, este, consiste na utilização de um argumento que prova a tese, assumindo a sua veracidade como premissa. Exemplificando temos que: ""A" é verdadeira porque "A" é verdadeira".

Extamente por isso, a petição de princípio é um argumento que não serve para nada, isso significa que não é possível provar qualquer proposição com ele. Resumindo, afirmar que alguém cometeu a falácia denominada petição de princípio, significa que este pretendeu provar algo partindo do princípio que sua tese já era aceita.

Bom, voltando ao tema deste post, temos que a Bíblia vista por quem não acredita em Deus não passa de mais um livro como outro qualquer, portanto, nada garante que tudo ali descrito seja realmente verdadeiro.

Para alcançar seu objetivo, de provar que Deus existe citando a Bíblia, o sujeito tem de partir do princípio que o ouvinte (ou leitor), aceita que a Bíblia é a palavra de Deus. Ou seja, ele quer provar a existência de Deus, partindo da premissa (princípio) que a Bíblia é a palavra de Deus, dizendo diferente - que Deus existe!
Portanto, para provar a existência do Ente Supremo, outros meios devem ser utilizados.
A Bíblia no máximo serviria para "esclarecer" algo já anteriormente aceito.

E para encerrar respondendo à indagação contida no título: Não!

terça-feira, maio 16, 2006

Brevíssima história sobre a compra do Acre

Especial

Após todos esses problemas envolvendo o Brasil e a Bolívia, me veio à mente um evento pouco comentadado, inclusive nas escolas, que diz respeito à aquisição do Estado do Acre pelo governo brasileiro, junto àquele país andino. Por isso resolvi pesquisar sobre o assunto nos livros aqui de casa e encontrei alguma coisa de relevante sobre o tema. No entanto, para não tornar este post algo irritantemente prolixo, vou me ater aos aspectos mais importantes, até mesmo porque, este texto não tem qualquer pretensão acadêmica.

No século XIX, o Peru disputava com a Bolívia o direito sobre aquela região, porém em 1867, o Brasil atuando como árbitro na controvérsia, reconheceu que a razão cabia à Bolívia. Contudo, este país não exercia qualquer atividade colonizadora ou mesmo povoadora no território, eu até acredito que após vencer a disputa contra o Peru a administração boliviana ficou sem saber como agir na terra que era habitada maciçamente por brasileiros.

Desde então diversos conflitos foram verificados na região, chegando a proclamação da República do Acre em 14 de julho de 1899 pelos extratores de borracha (seringalistas) brasileiros. Este grito de independência logo foi abafado, pois um protesto formal por parte da Bolívia obrigou o próprio governo brasileiro acabar com a farra no ano de 1900.

Mas isso não foi suficiente para pôr fim aos conflitos armados que frequentemente ocorriam, até que em 17 de novembro de 1903, foi assinado um tratado em Petrópolis, Rio de Janeiro, no qual o Brasil adquiria o atual Estado do Acre, mediante indenização de 2 milhões de libras esterlinas, e de pequenas concessões territoriais no Estado do Mato Grosso, além disso, nosso país se comprometeu ainda a construir uma ferrovia ligando os dois países. Foi a famosa Madeira-Mamoré, cuja construção custou a vida de vários trabalhadores brasileiros (lembra daquela mini-série da Globo "Mad Maria"?).

Cabe salientar ainda, que antes de adquirir o território acreano, a Brasil deixou bem claro à Bolívia que eles não tinham a opção de discutir a venda ou o valor a ser pago, pois se estas bases não fossem aceitas o Brasil simplesmete tomaria a região pela força, uma vez que o Barão do Rio Branco, então ministro das Relações Exteriores e representante brasileiro nas negociações já havia ordenado que o Exército ocupasse o terreno antes de iniciar qualquer conversação sobre a possibilidade, e este estava em prontidão para o ataque, ou seja, valeu o famoso ditado popular, "se não for por bem, vai por mal".

Por fim, vale dizer que a afirmação do presidente Evo Morales, de que o Acre foi comprado pelo preço de um cavalo, como demonstrado não é verdade, entretanto, realmente existem cavalos envolvidos na história, mas estes (e não este) foram dados como cortesia, ao então presidente boliviano após fechado o negócio.

Ídolos

Pra quem se divertiu assistindo essas figuras, aproveite a sessão "vale a pena rir de novo"!

Nos bastidores tudo pode acontecer!



Humor

Uma mulher vestida de madrinha da bateria de escola de samba, apareceu diante dos líderes europeus e latino-americanos que posavam para uma foto na cúpula de Viena, protestando contra a instalação de duas fábricas de celulose no lado uruguaio da região de fronteira com a Argentina, que se opõe ao projeto por temer contaminação ambiental. A aparição da jovem provocou surpresa e sorrisos entre os líderes, como o primeiro-ministro Tony Blair e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Bom isso o mundo inteiro já sabe, mas quando eu vi esse reportagem na televisão eu fiquei imaginando o que deveria ter acontecido quanto o segurança tirou a moça, e a levou para trás do biombo. Mais tarde descobri o seguinte diálogo (já devidamente traduzido):

Segurança - Olha eu concordo plenamente com você. Esse caras aí só querem saber de dinheiro!

Gost...digo, Ativista - Sério??!! Que bom que alguém aqui me entende!

- Claro que entendo! E o Bush então?

- Ai nem me fale desse! Ele não liga pros bichinhos né?

- Não liga! Mas um dia tudo isso vai se voltar contra ele!

- Tomara! Nossa você é tão legal...

Ele a leva para uma sala afastada, longe de todos, e diz: - Melhor eu fechar essa porta pra você não ficar mais irritada olhando a cara deles!

- É melhor, mas não precisa trancar não, eu tô bem!

Nisso, após se certificar que ninguém está por perto, o segurança começa a acariciar o cabelo da moça, enquanto emenda: - E essa fábrica então? Vai matar um monte de peixinhos.

- É verdade, tadinhos (sic)... E a mão do segurança começou a tirar o pouco de roupa que resta sobre o corpo da "ativista". - Você sabia que tem mais por aí?

- Não me diga!! O quê? Me conta tudo, sem me esconder nada!

- Relaxa que eu te conto! Responde o segurança. Depois de algumas horas de prazer em que o segurança inventou um monte de histórias e saciou sua libido, termina: - Qual vai ser a sua próxima manifestação pelo Greenpeace?

- Na Argentina, pelo mesmo motivo! Responde a moça enquanto recoloca o biquíni.

- Ótimo, eu vou estar lá!

É esse segurança segurou legal! E assim terminoi o dia mais feliz na vida de um pobre segurança, que provalmente foi despedido, entretanto, foi embora sem precisar se arrepender do que não fez.

sexta-feira, maio 12, 2006

A opção de um líder



Internacional


Às vésperas de mais um pleito eleitoral, no qual, inspirado em Hugo Chávez, pretende consolidar seu poder quase absoluto, Evo Morales, numa clara jogada eleitoral vem à público, um dia depois de assinar em La Paz um que na prática encerrava a crise energética com o Brasil, dizer que as empresas multinacionais que atuam na Bolívia agem à margem da lei, ressalte-se que em nenhum momento excluiu a Petrobras, até porque nem poderia.
Ocorre que o Brasil, em maior escala, e a Argentina, em menor escala, são os maiores compradores do gás boliviano, imaginando a (remota) hipótese desses dois países deixarem de importar o produto, a quem este poderia ser vendido? Lembrando que a Bolívia junto com o Paraguai, são os únicos países sul-americanos sem saída para o mar. Neste caso, certamente a situação do povo boliviano estaria agravada. Atualmente, o povo daquele país depende do capital externo para progredir e resgatar todos aqueles que vivem abaixo da linha da probreza que hoje ultrapassa a marca de 60%.
Por isso, eu entendo que a melhor saída, seria reajustar o preço do gás. Aqui em Curitiba, o único contato que eu tenho com este produto, é o destinado aos carros de passeio, e como todos sabem, este é o combustível veicular mais barato a venda em nosso país. Adotando esta postura, o governo boliviano não estaria exposto ao mesmo risco que o próprio país já correu no passado, de ter que voltar atras e chamar novamente o capital estrangeiro.

Obs: Qual o interesse de Hugo Chávez nessa crise? Outra hora eu tento responder.

quinta-feira, maio 11, 2006

O Código da Vinci me decepcionou aos poucos!

Pessoal

Está para estrear nos cinemas do Brasil, precisamente no dia 19 de abril de 2006, o filme "Código da Vinci", motivado por este fato, resolvi escrever este post, para dizer o quanto esta obra me deixou extremamente decepcionado quando terminei sua leitura. Por que decepcionado? Explico: eu fui um dos últimos, senão o último, a lê-lo, entre o pessoal da minha sala na faculdade e entre os meus colegas de trabalho, sendo que via de regra todos que o leram vinham com o mesmo discurso: "ah, que o livro é maravilhoso", "...eu não conseguia parar de ler", etc., no entanto, quanto terminei sua leitura, veio o primeiro sentimento de decepção, a história me pareceu muito fantasiosa, todos os fantásticos eventos narrados, ocorreram no espaço de vinte e quatro horas, além disso, o final me pareceu óbvio demais, a impressão que eu tive era de estar lendo o roteiro de um típico filme de Hollywood. Mas ainda assim, pensei na época, ao menos serviu para obter algumas informações úteis, até então desconhecidas por mim. Achei tão relevantes "pseudo" informações que continuei a pesquisar os assuntos tratado por Dan Brown, e hoje a sensação que eu tenho é de decepção completa, sinto até mesmo ter sido traído, já que todos os dados trazidos pela figura, entram em três grandes grupos:

1º - são dados comprovadamente mentirosos, por exemplo na página 263, Sophie (no cinema esta personagem será interpretada pela atriz francesa Audrey Tatou) uma das protagonistas da trama faz a seguinte afirmação: "o governo francês, pressionado pelos padres, havia concordado em proibir um filme americano chamado 'A última tentação de Cristo'". Ocorre que o governo da França nunca restringiu a exibição do filme, o que pode ter acontecido é Dan Brown ter confundido este país com Chile ou Israel, (são países bem parecidos né?), porque estes sim proibiram, nunca a França;

2º - são incompletos, como exemplo pode-se citar a passagem em que Silas, o monge albino, está lendo um versículo bíblico, cuja redação, segundo o autor do livro é a seguinte: "Tu chegarás até este ponto e daqui não passarás.", quando na verdade é a seguinte: "Tu chegarás até este ponto e daqui não passarás, aqui se quebrará a soberba de tuas vagas"; e o terceiro grupo:

3º - não passam de lendas, esse é o exemplo mais fácil, e eu quase embarquei junto. Existe, uma lenda que fala que Maria Madalena chegou grávida à Gália (atual França) numa pequena embarcação furada, junto com algumas outras pessoas. Entretanto, tudo isso não passa de lenda, tão pouco confiável, quanto o relato contido na bíblia.

Estes, são apenas alguns exemplos dentre muitos outros que eu poderia citar. Portanto, ressalto a minha total indignação com este autor. Vale dizer ainda que em razão de eu ter buscado estas informações em outras fontes, esse livro para mim, perdeu todo o seu encanto. A partir de então, o encaro como mais um livro de ficção como tantos outros que existem por aí, e o pior, com uma históriazinha bem fraca...

quarta-feira, maio 10, 2006

O voto e a mudança na ordem político/econômica brasileira



Política
Agora que o governo petista vai chegando ao final, chegou o momento de tirarmos nossas conclusões: ora, ficou claro que o voto inviabiliza qualquer projeto sincero de mudança no sistema político/econômico pátrio, por uma razão muito simples, o Brasil como país continental que é, exige um esforço sobre humano do candidato que pretenda chegar à direção do Poder Executivo de nosso Estado, sendo preciso arrecadar quantias vultosas para fazer frente aos gastos de campanha. Não por outro motivo, ao indíviduo que pretenda arrecadar tamanha quantia, restam algumas hipóteses, quais sejam: arrecadar dinheiro implorando ajuda para a burguesia, ou seja, neste caso, qualquer ruptura com o modelo neo-liberal fica inviabilizada. Esta foi a alternativa abraçada pelo PT de Lula; a outra possibilidade é desviar dinheiro público, esta, supostamente foi a via utilizada pelo pré-candidato do PMDB, Garotinho, no entanto, ao seguir este caminho, o candidato torna-se, igualmente, refém de seus comparsas.
Com isso, resta evidenciado, que não existe meio de mudar o país apostando em eleições, pois como foi demonstrado, esta não permite mexer na estrutura básica do Estado burguês, que na maioria das vezes visa seus próprios interesses relegando ao segundo, ou até terceiro plano a classe menos favorecida. Não restam dúvidas que não é possível mudar o país por intermédio do voto.
Para mudar o rumo de nosso país, e colocar o futuro da nação nos trilhos, será necessária uma ruptura total e irrestrita com a ordem anterior, constituindo uma nova ordem, estabelecendo um novo poder, isto é, o Brasil reclama urgentemente uma revolução socialista.
Mas, uma revolução socialista pede a participação popular, ainda que em nosso país, esta possa ser mínima.

terça-feira, maio 09, 2006

Errar é Humano Persistir no Erro é...


Espotes

Mais uma vez o Atlético-PR passou vergonha no Caldeirão, o que já está se tornando rotina! Assim como em 2005 quando tivemos um início de ano melancólico, o que temos agora em 2006 é de entristecer.

Ao analisarmos este fato, duas conclusões tornam-se possíveis: a primeira é que à diretoria do Rubro-Negro cabe o final do velho ditado popular usado como título do presente artigo; e a segunda conclusão é que essa mesma diretoria gosta de viver fortes emoções. Ora, será que o exemplo do ano passado não serviu? Precisava passar por tudo este ano novamente??!! A "Folha de São Paulo" de sexta-feira dia 21 de abril, publicou uma reportagem, reproduzida pelo site "Furacão.com", na qual afirma que o CAP é o clube com maior número de atletas inscritos na CBF. São exatamente 142 nomes no elenco atleticano, no entanto, o técnico Givanildo tem dificuldades para escolher os 11 que entram em campo e a diretoria pretende trazer mais gente para encher a prateleira. No jogo do último domingo, contra o Internacional, ficou claro que a defesa do Atlético, que apesar de nunca ter sido um espetáculo, agora está um desastre, o meio de campo mostra-se frágil, e o ataque inexiste... fica a impressão de que a vitória contra o Botafogo, foi resultado mais da fragilidade daquele time que mérito rubro negro, e a diretoria fala em Neto Baiano (quem?) e Marcos Aurélio (quem?) para resolver o problema... haja paciência!

PS. Não sei por que mas essa diretoria está me lembrando outra que dirigiu o Atlético durante a fase pré-revolucionária, aquela liderada pelo Farinhaque e Jesus Vicentini...

segunda-feira, maio 08, 2006

Lendas urbanas disseminadas pela internet

Circula pela internet, um texto que certamente todos aqueles que possuem uma conta de correio eletrônico, já terão recebido. Este artigo deve ter sido elaborado pelos partidários da campanha pelo voto nulo, entretanto, seus autores para fazer valer suas idéias, estão disseminando diversas lendas, dignas de análise pelos "caçadores de mitos", neste post, pretendo analisar três delas:


1º - Conteúdo do e-mail: "Os votos em BRANCO significam 'TANTO FAZ' e são acrescentados ao candidato de maior votação no último turno." A parte em negrito na frase, não passa de um mito criado por quem desconhece a legistação eleitoral, já que nos artigos, 77, parágrafo 2º da Constituição e 2º, 3º e 5º, da lei 9504/97 está claro que os votos em branco são desconsiderados para o resultado final das eleições, senão vejamos:

Art. 77 ...

§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.


Art. 2º - Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.


Art. 3º - Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos.

[...]


Art. 5º - Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias.


Portanto, com a transcrição dos artigos supra colacionados, resta comprovado que votos em branco definitivamente, não vão para o candidato mais votado.


2º Conteúdo do e-mail - "Se nenhum dos candidatos conseguir maioria (mais de 50%) no último turno, as eleições têm que ser canceladas! Os candidatos são trocados e novas eleições têm que ocorrer"


Esta afirmação é parcialmente correta, já que de acordo com o artigo 224 do Código Eleitoral, caso mais de 50% dos votos sejam declarados nulos, deverá haver nova eleição. No entanto, os votos a que o citado artigo alude são aqueles, previstos nos artigos 220 e 221 da lei 4737/65, ou seja, aqueles que tenham algum defeito de forma, como por exemplo, quando a votação for feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei e não aqueles resultantes da digitação de número inexistente na urna eletrônica. Outra incorreção propagada pelo texto ora analisando, diz respeito à parte final supra transcrita (Os candidatos são trocados e novas eleições têm que ocorrer), ora, como todos sabem a inelegibilidade é uma sanção, e como toda sanção, para ser aplicada deve estar prevista em lei. Ocorre que na lei complementar 60/90 que estabelece as hipóteses de inelegibilidade, não existe qualquer previsão neste sentido, isto significa que na remota hipótese de mais de 50% dos votos serem nulos (naquele sentido já demonstrado), de fato, deverá haver outra eleição, mas nada impede que os mesmos candidatos concorram!


Diante disso fica claro que votar assim facilita a vida exatamente daqueles políticos que se pretende afastar, já que o voto nulo deverá ser simplesmente descartado. Por isso, não acredite em tudo que você lê na internet!

sábado, maio 06, 2006

Irã, chegou a sua hora...


Internacional


Depois do ataque ao Afeganistão e Iraque, os EUA, dando continuidade à sua cruzada anti-terror, agora ameaçam o Irã. A alegação é velha! Os "donos do mundo" afirmam que o país dos Aiatolás, está desenvolvendo armas de destruição em massa. Como dito, nada de novo, já que a justificativa para a invasão do Iraque foi a mesma, e até hoje nada foi encontrado. Neste objetivo, os Estados Unidos são apoiados pela sua grande aliada Inglaterra e pela França, sendo que Rússia e China, são contra, por este motivo, no possível ataque, deverão novamente agir sozinhos, pois estes dois últimos países são igualmente membros do Conselho permanente de Segurança da ONU, e contam com poder de veto.

Neste domingo, dia 30 de abril, a Folha de São Paulo, na página A18, traz um artigo muito bem escrito por Michael T. Clare, acadêmico norte-americano, no qual o articulista expressamente afirma que o governo estadunidense prepara um ataque ao Irã, ainda segundo suas palavras, com o ataque o governo espera alcançar dois objetivos: "[...] abrir os campos iranianos de petróleo e gás à exploração por empresas ameriacanas e a preocupação em torno dos vínculos crescentes do Irã com os concorrentes dos EUA no mercado energético global". Ocorre que os americanos aprovaram uma lei que proíbe qualquer investimento de uma empresa genuinamente americana em alguns países, entre eles o Irã. Vale lembrar, que pouco após o atentado de 11 de setembro, o presidente George W. Bush, em discurso proferido em 2002, incluiu este país, ao lado de Iraque e Coréia do Norte, no chamado "eixo do mal", portanto somente com a revogação desta norma é que o primeiro objetivo seria alcançado, no entanto, isso somente, ao que tudo indica, somente seria possível com a derrocada dos aiatolás.

Como se vê o real objetivo do presidente Bush "Junior" nada tem a ver com a "fabricação de armas de destruição em massa". Após o que foi demonstrado aqui, resta-nos um questionamento: depois do Irã, quem será o próximo? A Coréia do Norte? Outra integrante do "eixo do mal"! Ah, isso não, definitivamente não! Mas o assunto Coréia do Norte eu abordo outro dia, pois já é tarde eu estou com sono....

sexta-feira, maio 05, 2006

Este é o momento propício para uma revolução brasileira?

Política


Tem circulado pelo Orkut, nas comunidades voltadas à discussão do Socialismo, idéias propugnando a tese de que chegou a hora de uma revolução socialista. Não concordo!
O governo com tom messiâncio encabeçado por Lula, mostrou-se tão mundano quanto qualquer outro. O povo brasileiro está enfadado das instituições políticas existentes em nosso país. A última esperança para a salvação da ética política caiu por terra, portanto, esta seria a hora e incutir na cabeça da população que o regime atualmente adotado pelo país, ao menos por hora, mostra-se prejudicial a todos e que somente um ato revolucionário poderia alterar o rumo da "nau brasileira".
Em suma, o momento atual, é adequado para que os teóricos da revolução socialista emerjam, e passem a divulgar suas idéias, doutrinando a sociedade, demonstrando que a via revolucionária, seguida por um período ditatorial, transitório e pré-determinado, que pudesse igualar as condições de todos os cidadãos, para em seguida retornar à democracia e ao capitalismo é o remédio necessário ao Brasil. É preciso deixar claro que somente após haver adesão popular, e especialmente do Exército, é que poderemos dizer sem receio, que chegou a hora de uma revolução brasileira. Cumpre salientar ainda, que tomando o exemplo de todas as mudanças de rumo na política brasileira, desde a proclamação da Independência até a redemocratização, após a ditadura militar, foram implementadas sem guerra civil. Desta forma, havendo um mínimo de adesão popular, e tendo o Exército ao lado, não é de se esperar um sangrento conflito interno.
Por fim, resta esclarecer que o momento da revolução pode estar chegando, no entanto, certamente não chegou ainda!

Traição rende R$ 20 mil a taxista

Justiça

O site Terra noticia que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, acertadamente, condenou uma professora da rede pública a pagar R$ 20 mil ao ex-marido, um taxista, por danos morais. Este afirma ter sido traído por ela, em 2001, com o suposto melhor amigo de ambos.

A alegação do autor, é que flagrou sua esposa e o amigo saindo de um motel, no Rio de Janeiro. Vítor César Ferreira, seu advogado, afirma que existem prova irrefutáveis do adultério. "Anexamos à ação o registro de ocorrência de adultério feito na delegacia logo depois da saída do motel, assim como fotografias do casal juntos", afirmou o advogado.

O TJ decidiu em favor do marido por 2 votos a 1, sendo que o valor da indenização foi definido pelo relator do processo, desembargador Paulo Maurício Pereira, já que o taxista preferiu deixar tal atribuição à cargo do mesmo.

Tal decisão mostra-se perfeita, já que o dano moral é um abalo psíquico causado a alguém, o adultério, sem dúvida alguma, surge como modelo clássico do referido abalo, portanto, a vítima sermpre deve ser indenizada quando ficar comprovada uma traição.

Incongruência Religiosa

Religião

Desde a publicação do livro Código Da Vinci, virou lugar comum atribuir à Maria Madalena os mais variados adjetivos (não sei se já era assim antes, ou se eu é que comecei a prestar atenção nisso depois de ler o livro), alguns dizem que ela seria a apóstola mais importante de Jesus, outros, como o próprio Dan Brown autor do citado romance, a qualificam como esposa de Jesus, e outros vão mais além, dizendo que ela seria a representação da “deusa cristã”. O presente post se propõe a analisar esta última qualificação. Ainda segundo o mencionado autor, os antigos judeus, no Antigo Testamento, adoravam tanto o Deus masculino Jeová (ou Javé) como sua correspondente feminina, Shekinah, talvez esse seja o fundamento de onde partem os defensores da divindade “madalenística”, para chegar a esta conclusão. No entanto, afirmar que Deus carrega uma faceta feminina e outra masculina denota uma inaceitável simplificação da imagem Divina. Isto porque Deus como espírito que é, não pode ser definido como homem ou mulher! Assim como não faz sentido definir o sexo dos anjos, a mesma regra se aplica ao chamado Ente Supremo, pelas mesmas razões. O sexo, masculino ou feminino, é uma característica estritamente carnal, que não pode ser atribuída a um espírito.

Certamente, a culpa desta distorção recai sobre os autores bíblicos que retratam Deus com características exageradamente humanas, como dizer que Deus se zanga ou se alegra, como qualquer ser humano. Alguns, podem fazer a seguinte pergunta: então porque Deus teria vindo como homem, e não como mulher? Tendo vindo para todos não seria lógico supor que ele viesse nas duas formas humanas possíveis? Para responder a essa pergunta é necessário analisar o contexto da época. Naquela ocasião, a voz feminina não seria ouvida, e mesmo assim, Jesus estava cercado de mulheres, inclusive, nós podemos, afirmar, sem qualquer receio de errar que Jesus foi um feminista, numa época em que tal termo provavelmente, ainda nem existisse. As religiões cristã, judaica, e muçulmana, distinguem-se das demais, principalmente pelo fato de adorarem apenas um único Deus, que seria formado apenas por espírito, sendo que por este motivo não há que se falar em Deus, homem ou mulher, sendo descabida qualquer tentativa nesse sentido.

Aí galera o Lula "malufou"...


Política

O PT dando continuidade à campanha eleitoral informal, tem veiculado sua campanha publicitária cujo bordão é: "Enquanto eles acusam, o PT faz mais pelo Brasil". No total o Partido dos Trabalhadores fará 30 inserções, de 30 segundos cada uma. Nestes programas o partido compara o atual governo com o de Fernando Henrique Cardoso. Entretanto, analisando especificamente o citado lema petista, depreende-se facilmente que de acordo com a ética do partido, pouco importa saber se as denúncias veiculadas até o momento são verdadeiras ou não, pois ainda que sejam, tais atos ilegais estariam "perdoados" pelos feitos alcançados por este governo. Ou seja, trata-se de um mero eufemismo para o lema malufista do "rouba mas faz"! Por isso na próxima eleição teremos um novo candidato à presidente trata-se do Luís Inácio "Lulaluf" da Silva!

Formador de opinião é o alvo nas campanhas eleitorais

Política

* Por Marco Iten

Toda campanha minimamente planejada objetiva atingir o chamado "formador de opinião". Considera-se oportuno incorporar ao grupo de apoiadores de qualquer candidatura a força de comunicação e o amplo leque de relacionamentos pessoais e profissionais que o tal "formador" parece deter, como um capital político pessoal, e cuja meta consiste em absorver seu prestígio e receber, de sua credibilidade, os votos que parecem estar agregados a estes. O processo político brasileiro, no entanto, falha duas vezes quando o planejamento de campanhas eleitorais dedica-se a conquistar esse importante instrumento de conceituação e divulgação de campanhas políticas e seus candidatos.

A primeira grande falha está na incapacidade prática dos partidos políticos em identificar essas lideranças - tradicionais ou potenciais. Não existem partidos políticos com vida, com inserção na sociedade, com canais abertos para a participação sincera dos diferentes segmentos da sociedade. Pessoas interessadas na militância partidária e na construção de carreiras políticas não encontram acesso fácil ao ingresso e à ascensão na hierarquia partidária. Os partidos são feudos, máquinas de uso de pessoas ou grupos. Verdadeiros "business" para a comercialização de legendas, tráfico de influência, canal para benefício próprio.

Da mesma forma, os partidos políticos se escondem, são agremiações que se fecham como se seus dirigentes necessitassem do anonimato para a preservação de seu "status quo". O pensamento político comum que reina impede ou refuta o ingresso de lideranças que possam gerar algum grau de risco desta hegemonia no "negócio da política". A segunda grande falha está na interpretação sobre o "formador de opinião", que se baseia no incorreto aproveitamento do conceito publicitário de formador de opinião. Na publicidade, o formador de opinião é definido como o indivíduo com poder de renda, de consumo e de instrução, requisitos que o colocam como alvo para as diferentes abordagens com o intuito de fazê-lo consumidor de toda sorte de produtos e serviços.

Essa conceituação mercadológica foi erroneamente absorvida pela classe política - e nem poderia ser diferente, tendo em vista que o marketing político foi invadido por publicitários sedentos por contas milionárias - contas publicitárias e contas bancárias... Formador de opinião, para o bom Marketing Político, não é aquele personagem com alto poder de consumo, mas aquele indivíduo com alto grau de percepção de sua realidade e alto grau de mobilização social - num clube, numa sala de aula, numa favela, num movimento social. Veremos o quadro partidário e político brasileiro evoluir - também no sentido moral - quando os partidos forem verdadeiramente abertos e democráticos, quando o processo eleitoral receber a força do voluntariado e da sociedade civil e, é claro, quando os partidos políticos e seus candidatos tiverem a consciência de que os eleitores já não desejam pirotecnia política e publicitária - mas apenas campanhas eleitorais honestas, planejadas e afinadas com o pensamento do cidadão comum.

Marco Iten atua há mais de 25 anos no planejamento e execução de campanhas eleitorais e é autor dos livros de Marketing Político 'Eleição - Vença a sua!' e 'Eleição de Deputados'.

Extraído do site: www.deleon.com.br

Um equívoco que dura 15 séculos

Religião

Tudo começou com o sermão proferido pelo Papa Gregório, O Grande, no ano de 591. Nele existe a seguinte afirmação:

“Aquela que Lucas chama de pecadora que João chama de Maria (de Betânia) acreditamos ser a Maria de quem, segundo Marcos Jesus expulsou sete demônios”.

Ou seja, o citado Sumo Pontífice afirmou que Maria Madalena, Maria irmã de Marta e Lázaro e a mulher que unge Jesus na casa de Simão, o fariseu leproso, seriam a mesma Maria. Deste momento em diante, Maria Madalena passaria a ser conhecida a prostituta arrependida perdoada por Jesus. Essa posição ganhou contornos dogmáticos, tornando-se doutrina católica por vários séculos até que em 1969, sem qualquer alarde, este entendimento foi revisto. Nesta ocasião houve a separação entre as mulheres mencionadas.

Ocorre que, biblicamente falando, tal entendimento mostra-se totalmente equivocado, sendo este o escopo do presente artigo, tentar demonstrar a imprecisão histórica de se juntar todas as "Marias", numa só.
Para isso vejamos: Lucas 8, 1-3 apresenta a seguinte redação:


"1 - Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os doze,
2 - bem como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios.
3 - Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana, e muitas outras que os serviam com os seus bens".


Este texto deixa claro que Maria Madalena, após ter sido exorcizada, transformou-se numa das seguidoras de Jesus, estando sempre com ele, sendo uma das pessoas que sustentava o Ministério deste. Diante disto, infere-se facilmente ainda, que a mulher da qual Jesus expulsou 7 demônios, seria rica. Em Lucas, 7, 36-39 encontra-se o seguinte dado histórico:


"36 - Um dos fariseus convidou-o para comer com ele; e entrando em casa do fariseu, reclinou-se à mesa.
37 - E eis que uma mulher pecadora que havia na cidade, quando soube que ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com bálsamo;
38 - e estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas e os enxugava com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés e ungia-os com o bálsamo.
39 - Mas, ao ver isso, o fariseu que o convidara falava consigo, dizendo: Se este homem fosse profeta, saberia quem e de que qualidade é essa mulher que o toca, pois é uma pecadora"
.


Como visto, em Lc, 8, 2-3, Maria Madalena acompanha a peregrinação de seu mestre, portanto não faria sentido dizer que apesar de estar junto deste, ela não soubesse onde o mesmo estaria. Não restam dúvidas que esta mulher “pecadora”, a despeito de o amar muito, não estava sempre em sua companhia. Em João 11, 1-2 e 12, 3, a mulher anônima que ungiu Jesus é identificada como a irmã de Marta e Lázaro, isto é, a pecadora é a mesma Maria de Betânia, mas não Maria Madalena, in verbis:


"11...
1 - Ora, estava enfermo um homem chamado Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
2 - E Maria, cujo irmão Lázaro se achava enfermo, era a mesma que ungiu o Senhor com bálsamo, e lhe enxugou os pés com os seus cabelos."

"12...
3 - Então Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus, e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do bálsamo."


Em seguida, outra passagem bíblica deve ser colacionada para ser objeto de análise, trata-se novamente do livro de Lucas agora em seu capítulo 10, versículos 38-39:



"38 - Ora, quando iam de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa.
"39 - Tinha esta, uma irmã chamada Maria, a qual, sentando-se aos pés do Senhor, ouvia a sua palavra"
.



Interpretando sistematicamente o Livro Sagrado dos cristãos, resta evidenciado que as Marias referidas em Lc, 8,2, e em Lc, 10, 39, são pessoas distintas. A primeira já havia sido mencionada no mesmo Evangelho, inclusive com seu traço distintivo, qual seja, Madalena, note-se ainda, que em todos os evangelhos, nas ocasiões onde há referência a esta discípula, o termo está presente. Diante do exposto, está biblicamente provado que a mulher citada nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, (sendo chamada ainda, de pecadora por este último) ungindo Jesus é na realidade Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro, e não Maria Madalena como sugerem algumas denominações cristãs, bem como alguns padres católicos, ainda nos dias de hoje.