segunda-feira, agosto 27, 2007

Não quero mais ir a festas de família

Há um tempo atrás, aqui neste blog mesmo, tratei dos enormes apuros pelos quais tenho passado desde a minha aprovação no vestibular da PUCPR, pois volta e meia alguém me pergunta sobre algo fora da minha área de atuação. Devo admitir que hoje em dia, para meu alívio, com exceção do Direito de Família (acho que eu vou ter de aprender sobre isso!) as perguntas estão mais restritas ao meu campo de atuação. Isto por si só seria motivo para me tranquilizar, porém, como nem tudo são flores, para sanar suas dúvidas, as pessoas continuam escolhendo ocasiões nas quais eu não estou com a menor vontade de falar sobre Direito. Trato disso agora porque no casamento da minha cunhada no último sábado, alguns convidados estavam convencidos de que esta seria uma excelente oportunidade de acabar com todas as dúvidas referentes a Direito e Medicina, já que havia um médico como conidado também.

Pouco tempo após chegar ao local onde seria feita a recepção aos noivos, um dos convidados me chamou num canto para me perguntar a respeito dos procedimentos que ele era obrigado a seguir na sua empresa, tais como se a troca do uniforme deveria se dar antes ou depois de bater o cartão, se o salário que ele recebia estava correto, entre outras diversas perguntas relacionadas ao Direito do Trabalho.

Pouco tempo depois, outro convidado me apresentou um amigo que tinha outro amigo preso. Ele queria saber o que deveria ser feito para que este amigo saísse da prisão. Na maior paciência, lhe expliquei quais seriam os passos a seguir, em seguida ele me perguntou se eu poderia fazer o que era preciso, entretanto, antes mesmo de eu esboçar qualquer resposta já foi logo dizendo que eu deveria parcelar o pagamento, já que o tal amigo preso não teria condições de fazê-lo a vista. O melhor é que até aquele momento eu ainda não havia tocado neste ponto, nem iria fazê-lo, ao menos não naquele local, pois eu costumo cobrar pela tabela da OAB e não guardo os valores de cabeça. O mais divertido neste caso é que eu acabara de conhecer o sujeito e ele já estava me dando ordens! É mole?

Bom diante de tudo isso que eu falei, fica a pergunta: tem algo pior do que aguentar esse tipo de coisa? Tem! Mas, antes de falar o que é pior, é preciso deixar claro que eu sempre reclamo desses "problemas" com minha esposa, ela sabe que eu não gosto que me perguntem sobre áreas que estão fora do meu domínio ou mesmo fora do ambiente apropriado para tal. Pois bem, pior do que ser alvejado por esse turbilhão de pergunta é o que veio depois. Lembra lá atrás quando eu falei que haveria um médico na recepção também? Então. Estava eu me acabando no churrasco quando vejo a minha esposa se aproveitando do evento para ter um consulta gratuita com um médico! Como se não bastasse: o cara é clínico geral e ela estava perguntando sobre gestação!! Agora sim eu pergunto: tem algo pior que isso?

De qualquer forma, só sei de uma coisa - Não quero mais saber de festas em família.

10 comentários:

Anônimo disse...

hahahaha!!! É pra acabar mesmo, você quer ver pior? Mude-se para uma cidadezinha do interior, todo mundo tem algo para te perguntar nos lugares mais impróprios para isso.

* A esposa esta grávida?

Abraços!!!!

Anônimo disse...

Cara, isso é normal. Sempre que se tem um médico ou advogado na família ou nas relações, a turma corre pra tirar uma casquinha.(rs) Acho que é um comportamento atávico do ser humano.(rs)
O negócio é ser físico nuclear ou bibliotecário. Assim ninguém "cola" em você. (rs rs)
Imagine se vc tivesse feito informática...

disse...

Hahaha...isso é verdade, Omar! O pior é que as pessoas acham que quem faz Direito é obrigado a saber TUDO. Eu tbém sou formada em Direito e sempre que alguém vem me perguntar sobre a área trabalhista (uma área que não tenho sequer afinidade), já saio dizendo: "Ah....tem que dar uma olhadinha na CLT primeiro". kkkkk Se falar que não sabe, vão dizer: "Ah..então, não fez a faculdade direito". Sabe como é o povo!
No mais, agradeço sua visita no meu blog, assim como seu comentário. E eu lancei um desafio no meu Blog e espero que vc. entre nessa. rs Foi um dos escolhidos!
Bjão!!

Cássio Augusto disse...

Cara... por isso que festas em família são boas!!! uahuhahua... mas olha... isso que vc falou é mesmo verdade... odeio perguntas impróprias sobre Direito!!! hehe

Cássio Augusto disse...

Cara... por isso que festas em família são boas!!! uahuhahua... mas olha... isso que vc falou é mesmo verdade... odeio perguntas impróprias sobre Direito!!! hehe

Anônimo disse...

haha
pior eu q sou profissional de Educação Física e a esposa do meu irmao vive pedindo para eu fazer um programa de emagrecimento(de graça) pro barrigudo do meu irmao

90tao a hr como personal rapah

realmente essas reuniões em familia n prestam

Gleyson Lima disse...

Man, estou ainda no V Semestre do curso de Direito, e as pessoas me fazem perguntas..
Nada mais a dizer..

Mazinha disse...

Eu já acho muito pior ter que ir forçada às festas de família do meu noivo. Se eu pulo alguma festa, já aparece dois ou três indivíduos com cara de enterro pro meu lado - e ainda chegam com lição de moral pro meu lado. Eu não sei o que fazer, eu não quero comparecer em 100% das festas dos tios e priminhas do meu noivo. E ele não me entende...

Anônimo disse...

Nossa nem me fale. Odeio festas em geral, mais ainda de família. Odeio forçar sorrisos quando a vontade é de gritar e sumir. E naqueles dias em que a gente não está bem e as pessoas não respeitam, passam por cima, querem te forçar a participar disso, aparecem sem avisar, é barulho quando se quer e necessita de silêncio e paz. Amo é ficar sozinha, fazer minhas coisas em paz, chegar em casa e relaxar, ouvir uma música, fazer meu alongamento, minha meditação, fazer minha comidinha leve, ficar quietinha na companhia do meu gatinho, minha bolha de bem estar e conforto emocional. Qual o problema? Qual é a dificuldade das pessoas respeitarem?

Unknown disse...

Eu odeio festas em geral, aniversário de família nunca vou em nenhum ódeio festas de fim de ano.
Nunca comemoro Natal e reveillon, pelo fato de ter que fica em um espaço que não quero fica.