Eu tenho um amigo, não-blogueiro, e acontece tanta coisa inusitada na vida desse cara que, como diz a minha amiga blogueira Eloísa (de quem eu, descaradamente, plagiei o título desta minha série de posts) não daria um livro, mas um blog daria. Entretanto, ele é totalmente avesso à tecnologia, até me lembra os membros daquela comunidade americana que não aceita a modernidade e recentemente foi atacada por mais um daqueles malucos, norte-americanos, que saem matando qualquer um que esteja na sua frente.
Porém, se ele não escreve eu escrevo por ele, afinal amigo é para essas coisas!!!! Por exemplo, certa vez nós estávamos num muquifo aqui de Curitiba, tomando umas e outras e fazendo de conta que estávamos dançando, nisso do nada, chega uma guria (feia de doer, diga-se de passagem) e agarra o cara de um jeito, que ele até parecia ser um daqueles artistas que aparecem na televisão, a mulher não largava ele de jeito nenhum, até que, meio constrangido, ele acabou ficando com ela mesmo. Passou pouco mais de 10 minutos e o cara veio me falar que ele e sua "princesa", iriam para o apartamento dela.
Segundo ele, ao chegarem lá, a guria parecia enfurecida, tirou a roupa dele e durante a noite inteira não teve sossego. O problema é que só existia um pacote de camisinha na casa, sendo que num dado momento elas acabaram, mas naquele momento não havia como interromper, então foi sem mesmo.
No dia seguinte ele surgiu eufórico contando todos os detalhes, falando que a excitação foi tão grande que acabou fazendo sem camisinha e tal. Neste momento eu lhe perguntei:
- Meu, e se ela tiver AIDS? Afinal se ela agiu daquele jeito com você, será que não agiu assim com outros caras também?
Ali me pareceu que ele nem tivesse dado muita importância ao assunto. Errado! Ele só não quis demonstrar. Num outro dia veio me falar:
- Omar, se ela tem AIDS, agora eu tenho também. Certeza! Seria impossível eu não pegar, afinal...
A paranóia foi aumentando aos poucos, até tomar conta do pedaço. Um dia ele me ligou dizendo estar começando a sentir os primeiros sinais da doença, dizia estar fraco, com muita dor de cabeça, mas não tinha coragem de fazer o exame. Entretanto, a medida que os dias iam passando, ele ficava pior, estava realmente ficando doente, mas não tinha nada a ver com AIDS, era psicológico mesmo.
Um certo dia - ele estava visivelmente mal - quando ainda trabalhávamos juntos, ele me diz estar disposto a fazer o exame, pois não aguentava mais aquela angústia, mas se desse positivo, ele não iria morrer aqui em Curitiba não, iria para Salvador, morrer lá, e sem avisar ninguém, simplesmente sumiria no mundo.
Ele já estava quase se arrastando quando foi colher sangue para o exame. O resultado foi negativo e este foi o melhor remédio para sua doença, o efeito foi quase imediato, no outro dia ele já estava me chamando para sair de novo. Porém, agora encheria o bolso com camisinhas.
4 comentários:
hahaha gente como a gente!!!!
que surtado meu Deus! Salvador!
Cuidado com esse moço!!
até mais
haha... o que a gente ñ faz na empolgação??? vlw!!!
Olá, Omar!
Esse seu amigo é um louco! (risos)
Eu conheço pessoas que têm essa aversão à tecnologia. Vai entender, né?
Beijo grande o.O
A-do-rei! É exatamente disso que eu sempre estive falando: A vida real é melhor que filme, novela... é só prestar atenção!
Ah, e eu tbm sou meio avessa à modernidade. Até hj não tenho celular, nem nunca entrei num McDonald's... por outro lado adoro net. hehehe.
Vou ler todos os post desta série, sei que vou gostar! rs
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