
Ao tratar deste assunto, uma pergunta não pode ficar sem resposta:
É possível ao ser humano alcançar essa tal felicidade?
Antes de qualquer coisa vale dizer, à título de curiosidade, que a ciência afirma que pessoas com mais atividade no córtex frontal esquerdo de seus cérebros apresentam-se menos sujeitas a ansiedade e mais preparadas para se recuperar de experiências negativas, sendo portanto, mais propensas a serem felizes.
Dois dos maiores filósofos cristãos, São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, respondendo a esta pergunta diziam, cada um a sua maneira, que a única forma de se alcançar a felicidade seria no encontro com Deus. Aqui, não pretendo entrar no mérito religioso do tema.
Eu entendo que não é possível falar sobre felicidade sem falar sobre o sentido da vida. Como bem disse Pascal:
Dois dos maiores filósofos cristãos, São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, respondendo a esta pergunta diziam, cada um a sua maneira, que a única forma de se alcançar a felicidade seria no encontro com Deus. Aqui, não pretendo entrar no mérito religioso do tema.
Eu entendo que não é possível falar sobre felicidade sem falar sobre o sentido da vida. Como bem disse Pascal:
"Todos os homens procuram ser felizes; isso não tem exceção... E esse é o motivo de todas as ações de todos os homens, inclusive dos que vão se enforcar..."
O ser humano só tem um objetivo na vida - encontrar a felicidade, e exatamente este é o sentido de nossa existência. Ocorre que ninguém sabe ao certo o que é essa tal felicidade. O discípulo de Platão, Aristóteles, em seu livro Ética a Nicômaco, conceituou este estado como uma:
"certa atividade da alma realizada em conformidade com a virtude".
Já um outro filósofo, chamado Epicuro, afirmava que a felicidade estaria no prazer contínuo. Talvez até seja isso mesmo, entretanto, se for isso, eu digo sem medo de errar que nunca existiu alguém realmente feliz!
"certa atividade da alma realizada em conformidade com a virtude".
Já um outro filósofo, chamado Epicuro, afirmava que a felicidade estaria no prazer contínuo. Talvez até seja isso mesmo, entretanto, se for isso, eu digo sem medo de errar que nunca existiu alguém realmente feliz!
A meu ver a felicidade está intimamente ligada à liberdade, certamente quanto mais livre alguém for, mais condições esta pessoa tem de ser feliz. Mas cabe esclarecer que embora a liberdade seja importante, não é suficiente, até porque a busca pela felicidade nunca deve chegar ao fim, pois o homem precisa de uma motivação para continuar vivendo. E uma vez encontrada esta, qual seria a razão para alguém permanecer vivo?
Diante disso, me parece que ao contrário da opinião geralmente aceita, o suicída é o único apto a encontrar a felicidade plena, já que o sujeito que decide acabar com a própria vida, espera com esse ato, ser feliz e - torno a repetir, que aqui desconsidero toda e qualquer doutrina religiosa - alcança.
Portanto, respondendo a pergunta do título, podemos ser felizes sim, porém a felicidade é um estado da alma inalcancável por qualquer pessoa que não esteja disposta a acabar com a própria vida.