segunda-feira, janeiro 08, 2007

Enfim, a máscara caiu!

Quando estava em campanha, por ocasião dos ataques realizados pelo PCC contra agentes penitenciários e policiais do Estado de São Paulo, o presidente Lula ofereceu uma tal de "Força Nacional de Segurança" ao governo paulista, dizendo que esta poderia entrar em ação imediatamente. Entretanto, passado este período, tudo mudou e agora, quando Sérgio Cabral Filho, o obediente e recém empossado, governador do Rio de Janeiro aceita o apoio, o Governo Federal passa a alegar inúmeras dificuldades. Cabral pediu 8 mil homens...terá de se contentar com 500. Ou seja: demorou, mas a verdade veio à tona e Lula deixou cair sua máscara. Resta evidenciado que essa Unidade Especial não passou e continua não passando, de uma bela jogada de marketing da administração petista. Mais uma!
O que mais me deixa revoltado é como um assunto cuja importância é tremenda na sociedade, vem sendo tratado de forma tão vil.

Vale dizer ainda que este grupo que já foi considerado a panacéia para a segurança pública pelo nosso "querido líder", nada mais é que um amontoado de gente de vários Estados. Numa analogia grosseira, seria como a nossa seleção brasileira de futebol, em que os jogadores se encontram no aeroporto e dali a algumas horas estão entrando em campo. Digo isso porque a idéia é trazer estes homens para realizar uma missão e depois disso liberá-los.

Este grupo, talvez até consiga reduzir os números da criminalidade pelo período em que estiver atuando, porém, assim que forem embora, os criminosos voltarão à ativa uma vez que a luta contra o crime deve se dar de modo permanente e não episódico. Essa Força de Segurança deverá aparecer diversas vezes na televisão, jornais, internet, etc, isto deverá ocorrer em razão da medida não passar de pirotecnia política e até eu que sou meio bobo consigo perceber a real intenção da dupla Lula/Cabral ao prepararem esta ação transitória - com isso, os Governos Federal e Estadual do Rio de Janeiro, pretendem pregar uma peça na opinião pública, lançando essa mega-operação (ao menos em termos publicitários) para logo adiante terminar como a maioria da CPIs que se instalam aqui neste nosso pequeno feudo.

Nenhum dos dois pretende realizar algo realmente efetivo e duradouro, ambos torcem, sonham, que a missão seja um tremendo sucesso, conseguindo reduzir drasticamente os índices de criminalidade, mas isso, dentro do prazo de validade da ação, assim nas próximas eleições a sociedade passa a ser refém dos dois, que poderão dizer que sabem como acabar com a criminalidade, alcançando seus objetivos, seja numa reeleição, seja fazendo seu sucessor.

Como resta comprovado, a necessidade de se garantir a segurança da sociedade, infelizmente, mais uma vez foi tratada de forma leviana visando objetivos eleitorais.

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