Não é preciso dizer que no caso de Santo André, o GATE errou, e errou muito! Ora, um caso desses não poderia durar mais que algumas horas. Por que não aproveitaram aquele momento em que mandavam comida para o apartamento e colocaram uma espécie sonífero ou algo parecido, para só depois invadir? Por que permitir que Lindemberg tivesse acesso às imagens das emissoras de tv? Dessem um jeito de bloquear o sinal ou procurassem fazer um acordo com as emissoras para não transmitirem ao vivo e passo-a-passo, toda a movimentação policial. Daquele jeito, o criminoso estava sempre um degrau acima, já que ele sabia o que acontecia do lado de fora, enquanto a polícia não tinha conhecimento do que ocorria do lado de dentro. Mas, nenhum erro se compara ao de permitir que a Nayara, se aproximasse sozinha da porta. Ora, será que eles não cogitaram a hipótese de a Eloá chamá-la a entrar novamente no apartamento, e ela se sensibilizada pela condição da amiga, aceitar e entrar? Como disse aquele instrutor da SWAT, entrevistado pelo Fantástico, essa postura da PM de São Paulo, foi mesmo de envegonhar nós brasileiros.
No entanto, ao contrário do que muita gente anda dizendo por aí, não considero um erro o fato de não ter sido disparado um tiro na cabeça "príncipe do gueto"- inclusive este instrutor da SWAT que eu já falei, disse ao Fantástico que se fosse a polícia norte-americana o tiro seria disparado, chegando inclusive, a dizer como seria a ação. O raciossímio, digo, raciocínio de quem defende esta tese é de que o Lindemberg deveria ter morrido, no lugar da Eloá! Errado! Este era o caso em que ninguém deveria sair ferido, sequer. O erro da polícia não foi ter deixado o Lindemberg vivo, e sim ter deixado a Eloá morrer, afinal, aparentemente, o cara não era nenhum bandido. Era e é um tonto apenas, e isso não é crime, muito menos motivo para ser morto.
Só acho engraçado que as pessoas que pedem o tiro na cabeça do infeliz, são os mesmos que reclamam da truculência da PM...