quinta-feira, agosto 28, 2008

É de dar pena!


Ontem no Morumbi, o Atlético mais uma vez mostrou que o seu futuro será sombrio! Jogando contra o frágil time reserva do São Paulo, a exceção de alguns rápidos lampejos, foi amplamente dominado pelos são-paulinos que mostraram porque são reservas lá. Na realidade, durante todo o jogo, a impressão que eu tive era de que nenhum dos dois times estava interessado na vitória, talvez por imaginarem que continuar no torneio sulamericano signifique atrapalhar a luta de cada um; o São Paulo pelo título e o Atlético para fugir do rebaixamento. Não sei se era isso ou incompetência mesmo! O jogo foi horrível, com mais de 100 erros de passes, sendo que o Atlético deve ter contribuído com uns 70% destes erros.

Do lado tricolor ainda que o time tenha se mostrado inoperante do meio pra frente, nada é muito atemorizante, já que como eu disse aquele não é o time que disputa o Campeonato Brasileiro. Enquanto isso, pelos lados do Furacão a situação já deixou de ser alarmante para ser desesperadora, pois ao que tudo indica aquele é o time que terá a responsabilidade de evitar a nossa degola. E é exatamente isso que me deixa com um frio na barriga: a cada cruzamento errado do Márcio Azevedo, a cada cobrança irregular de lateral pelo Alex Fraga, a cada chute bisonho dado pelo Anderson Aquino, a cada erro de passe de Rodriguinho, diminuía ainda mais a minha esperança no time. Analisando bem, é fácil notar que se não fosse pela preguiça do time são-paulino, não tenho dúvidas que teríamos saído de campo com mais uma goleada no lombo .

Enfim, mesmo aos trancos e barrancos o Atlético se classificou em cima do maior rival fora destas bandas, o que pode dar um novo ânimo para este que é sem dúvida alguma, o pior time já montado por Mário Celso Petraglia que foi, inegavelmente, o maior responsável pelo resgate do clube em 1995, podendo ser o ponto de partida de uma arrancada capaz de livrá-lo do vexame de ser rebaixado no Campeonato Brasileiro.

segunda-feira, agosto 25, 2008

O Brasil nas Olimpíadas


Passei algum tempo ausente e durante este período muita coisa importante aconteceu, como por exemplo a entrada em vigor da tal "Lei Seca", o entra-e-sai da prisão pelo Daniel Dantas, aprovação de novas súmulas vinculantes pelo STF, a recontratação do (+)comentarista/(-)técnico Mário Sérgio pelo Atlético Paranaense, entre outros, mas eu não poderia marcar este meu retorno sem tratar do evento mais importante do ano, que não poderia ser outro se não a Olimpíada chinesa, que trouxe consigo algumas boas surpresas e diversas decepções para o país.


Muito dessa decepção se explica pelo fato da Olimpíada se realizar no ano seguinte ao dos Jogos Panamericanos, onde o Brasil sempre se sai razoavelmente bem, o que acaba gerando uma expectativa acima da realidade, já que como o Brasil é o único país a dar alguma importância ao evento das Américas, costuma alcançar boas colocações, como no ano passado na disputa no Rio de Janeiro, quando conseguiu ficar em 3º lugar no quadro geral de medalhas, nos levando a acreditar que iríamos fazer uma boa figura em Pequim...ledo engano!, mais uma vez ficamos atrás de países, econômica e politicamente inexpressivos como Jamaica, Ucrânia, Bielo-Rússia, Etiópia, Romênia, entre outros, que diferentemente do Brasil, levam o esporte a sério, enquanto que em nosso país, à exceção do futebol masculino e do vôlei, aí sim, masculino e feminino, quem consegue se destacar, a ponto de ganhar uma medalha olímpica deve ser tratado como verdadeiro herói, pois na esmagadora maioria das vezes, contam apenas com o apoio familiar mesmo.


Ainda durante as disputas na China, muito se falou por aqui sobre a campanha Rio-2016, com o garoto-propaganda de sempre, Pelé. Pessoalmente, não sou contra a organização dos Jogos, pelo contrário, espero estar vivo para ter a oportunidade de assistir a uma final do basquete masculino ao vivo e no Brasil, no entanto, penso que organizar uma Olimpíada já em 2016, seria muito prematuro e, levando-se em conta que em 2014 temos a Copa do Mundo de futebol, então, aí seria uma temeridade. É um grande equívoco diante das condições oferecidas aos nossos atletas, trazer a Olimpíada já para daqui a 8 anos, a frustração seria ainda maior do que a que vem se repetindo a cada ciclo de 4 anos. O melhor seria seguir o exemplo da China, que primeiro se estruturou esportivamente para só depois pleitear uma Olimpíada fazendo bonito em casa. Ou mesmo da Grã-Bretanha, que saiu da 36ª colocação em Atlanta-96, ocasião em que conquistou apenas 1 medalha de ouro para a 4ª posição em Pequim, com 19 douradas, gerando uma excelente expectativa para a disputa em casa no ano de 2012. Por isso eu pergunto: que tal se o dinheiro que seria investido na organização dos jogos em 2016 fosse direcionado ao esporte olímpico brasileiro, possibilitando que numa eventual Olimpíada brasileira, pudéssemos almejar algo mais triunfante? Por conta disso, sou obrigado a torcer contra o país nesta disputa com Tóquio, Chicago e Madri.